Por João Monteiro 18.08.2015 –
Empresa demonstra o conceito em evento dedicado ao assunto entre hoje e amanhã, em São Paulo, e adianta que o Brasil está atrasado em relação a outros países do mundo.
O 5° Automation & Power World Brasil, que acontece em São Paulo (SP) entre os dias 19 e 20 de agosto, é promovido pela ABB sob o tema “Era da Conectividade”. Entre as tendências destacadas por Ricardo Hirschbruch, diretor da divisão industrial de Automação de Processos no Brasil e na América Latina, está a quarta revolução industrial – também chamada de Indústria 4.0. Ela seria uma consequência da Internet das Coisas (IoT) e já é chamada pela ABB como “Internet das Coisas, Serviços e Pessoas” (IoTSP).
Segundo o executivo, não são apenas as máquinas que estão conectadas, mas também os serviços e pessoas, englobando todo o sistema de produção, que hoje é cibernético. “Não será necessária a intervenção humana. As próprias máquinas se comunicarão sozinhas, cabendo às pessoas tomarem a decisão e gerenciar a operação”, afirma.
De acordo com ele, a utilização desse tipo de tecnologia em uma indústria aumentará a eficiência do parque industrial, possibilitando que ferramentas de gestão de ativos, por exemplo, sejam capazes de diagnosticar falhas em equipamentos antes de elas acontecerem, otimizando a manutenção preditiva.
Outro exemplo é o robô YuMi da ABB, que será lançado durante o evento. Ele é capaz de trabalhar com seres humanos com total segurança, descartando a necessidade de grades. O robô possui dois braços flexíveis contando com controle de movimentos precisos que utilizam sensores capazes de sentir a pressão dos objetos, ajustando a força à necessidade da produção.
Para Hirschbruch, o nível de intervenção humana atualmente ainda é alto e a evolução da indústria para atingir esse patamar será gradual. “Aplicações já existem e há países e empresas mais abertos as novas tecnologias, mas a Indústria 4.0 ainda não está completamente implantada e acredito que demorará alguns anos para isso ocorrer”, explica. No caso do Brasil, que está atrasado em relação à média global, há uma oportunidade para as empresas tomarem a frente e começarem a utilizar essa tecnologia de forma gradual. “A necessidade de aumentar a eficiência fará as empresas aderirem a isso.”