Da Redação – 10.10.2016 –
Um relatório da 5G Americas sugere a necessidade de se adequar marcos de política pública para apoiar o desenvolvimento de internet das coisas em países da América Latina. A sugestão leva como base a expansão das coberturas de redes celulares e o fato de alguns países da região já terem tomado atitudes em prol de programas nacionais para a tecnologia. Veja, a seguir, as cinco principais iniciativas abordadas pelo relatório:
Brasil: Lançou uma “Plataforma IoT” para o desenvolvimento de tecnologias e aplicativos que se integram no programa “Brasil Inteligente”, que dá continuidade ao Plano Nacional de Banda Larga. O Estado atribuiu as bandas 71-76 GHz e 81-86 GHz para utilização em aplicativos máquina-máquina (M2M) como parte do ambiente IoT. Prevê-se a criação futura de um plano integral para IoT. Dados oficiais estimam em 11,8 milhões as linhas M2M em julho de 2016.
Chile: Apesar de não apresentar uma política definida para IoT, a Subsecretaria de Telecomunicações (Subtel) tem manifestado interesse no desenvolvimento da Internet das Coisas. Ainda que não exista um documento oficial de políticas de IoT, no país já existem projetos relacionados. Os dados oficiais acusam a existência de mais de 400 mil linhas M2M em março de 2016.
Colômbia: A Comisión de Regulación de Comunicaciones (CRC) colocou em consulta pública um documento elaborado em conjunto com a consultora Arthur D. Little. O texto aborda desafios gerais no ambiente de IoT, assim como aspectos específicos para a Colômbia. Um aspecto positivo é que não se percebe uma barreira em termos de espectro radioelétrico para o crescimento de Internet das Coisas. Assim como existe potencial para fixar políticas para cidades inteligentes e casos de uso específicos de IoT.
México: Embora não exista uma proposta definida para IoT, membros do Instituto Federal de Telecomunicações (IFT) têm exposto elementos de política sobre o tema. O consumo energético aparece como um desafio em IoT já que o uso de diferentes redes supõe diferentes necessidades de energia. O uso complementar de espectro radioelétrico licenciado e não licenciado está contemplado.
Peru: O Ministerio de Transportes y Comunicaciones (MTC) publicou um documento para consulta intitulado “Plan Maestro sobre Nuevas Tendencias y Desarrollo de Infraestrutura TIC que Promuevan la Construcción de Ciudades Inteligentes”. Embora não se trate de um caso de política ampla e transversal para IoT, foca-se em um caso de uso específico – cidades inteligentes. LTE é considerada uma das principais tecnologias habilitadoras para as Smart Cities (cidades inteligentes). Além de espectro radioelétrico, é preciso atender aspectos de infraestrutura, entre eles o uso de células pequenas (small cells).