Da redação – 10.10.2016 –
Sistema identifica aumentos repentinos no nível de água nos tubos de drenagem, possibilitando medidas que minimizam os efeitos das chuvas mais fortes. Tecnologia está em uso no Japão e no País de Gales .
A Environment Agency and Natural Resources Wales, do País de Gales, passou a compartilhar as informações sobre enchentes de forma mais ativa. Desde 2004 a entidade tinha uma parceria com a japonesa Fujitsu e, nesse ano, entrou numa nova fase, reduzindo seus custos de manutenção do sistema de alerta em 40%. De acordo com a revista online Computer Weekly, metade da diminuição é resultado do compartilhamento dos dados na nuvem.
De acordo com a Fujitsu, o governo da Malásia também estuda aplicar a tecnologia para minimizar os problemas de enchentes de Kuala Lumpur, a capital do país. A soluçao também poderia ser um avanço do que já acontece em outros países, como a vizinha Indonésia, onde há uma integração das informaçoes do Disaster Information Management System, espécie de agência que monitora o problema, com habitantes locais.
Na prática, além do País de Gales, a Fujitsu tem o sistema ativado no Japão, onde os testes começaram a ser feitos em julho do ano passado na cidade de Koriyama. Com base neles e num planejamento anterior, a tecnologia passou a fazer parte do portfólio empresa. Operacionalmente, a solução detecta a inundação do sistema de drenagem por meio do monitoramento do nível de água das tubulações de drenagem. Para isso, adota sensores ligados aos bueiros, que acompanham o nível de água e enviam os dados via rede sem fio (wireless) a cada cinco minutos.
De acordo com a empresa asiática, essa periodicidade permite que o sistema detecte rapidamente aumentos repentinos no volume hídrico das tubulações, permitindo a tomada de decisão para limitar os danos. Adicionalmente, o uso de recursos de Internet das Coisas (IoT) gera um histórico dos níveis de água acumulada, os quais podem ser úteis na execução de planos de drenagem de esgoto e na definição do planejamento e manutenção do sistema.
Uma das vantagens da solução é que o sensor é alimentado por um conversor termoelétrico – também desenvolvido pela Fujitsu – que transforma a energia de temperatura em eletricidade e estende a duração da bateria de 10 meses para cinco anos. Na avaliação da empresa, isso significa que, além de tornar possível atingir eficiência operacional, os custos de implantação são mantidos sob controle, uma vez que a instalação da fonte de alimentação torna-se desnecessária.