Da redação – 23.11.2016 –
Marcado para 16 de dezembro, leilão de reserva poderá contratar até 1,5 mil MW de geração fotovoltaica, o que movimentaria entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões em investimentos privados.
A onda de geração solar também acontece no Brasil, na avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A entidade prevê que o último leilão de reserva realizado nesse ano possa ampliar essa fonte de geração na matriz local. O ideal é que cerca de 2 mil MW fossem contratados, segundo Rodrigo Sauaia, presidente da entidade, mas a avaliação mais recente fica em torno de 1,5 mil MW potenciais. “Para incentivar o desenvolvimento da cadeia produtiva no país, o Brasil precisa contratar anualmente ao menos 2 gigawatts (GW) em novos projetos nos leilões de energia solar fotovoltaica”, ressalta Sauaia.
Para ele, as novas condições de financiamento anunciadas recentemente pelo BNDES, que ampliam de até 70% para até 80% a participação de recursos do banco em projetos de energia solar fotovoltaica, sinalizam um comprometimento objetivo da instituição financeira em favor do desenvolvimento de uma matriz de infraestrutura elétrica cada vez mais renovável e consciente de suas responsabilidades socioeconômicas e ambientais.
Sauaia aponta a necessidade do governo federal estruturar uma política industrial adequada para trazer maior competitividade à fabricação nacional de equipamentos fotovoltaicos, sendo este um pilar fundamental para que o setor possa cumprir com os requisitos estabelecidos pelo BNDES. O Banco definiu um Plano de Nacionalização Progressiva para a cadeia produtiva, com aumento gradual de conteúdo nacional para os equipamentos financiados pela instituição.
“Os leilões de energia e as linhas de financiamento, são dois pilares importantes para adensar a cadeia produtiva nacional e que precisam ser complementados por um programa industrial para o setor solar fotovoltaico”, finaliza o presidente da Absolar.