Da Redação – 16/01/2017 –
Dois parques da capital do Estado serão abastecidos por uma mini usina solar capaz de gerar toda a energia consumida no local e até um excedente para suprir outras instalações.
O projeto, liderado pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp), visa à instalação de uma pequena usina fotovoltaica de nove quilowatts/pico (Kwp) de potência para o abastecimento dos parques estaduais Villa Lobos e Cândido Portinari, localizados na capital paulista. Composto por três mil placas de captação solar, instaladas no cobertura do estacionamento do Parque Cândido Portinari, que tem capacidade para abrigar 264 veículos, o sistema foi projetado para gerar 665 megawatts hora (MWh) por ano de energia.
Com isso, além de suprir a demanda de energia dos dois parques, como iluminação e outros, o sistema produzirá um excedente para abastecimento do prédio da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Classificada como maior projeto de mini geração solar distribuída em parques públicos no Brasil, essa usina fotovoltaica deve ser concluída ainda este ano, segundo projeções da Cesp.
Mesmo autossuficientes, os parques continuarão interligados à rede de energia elétrica da distribuidora AES Eletropaulo, para seu abastecimento nos períodos em que a usina não estiver em operação, como à noite e em dias nublados. O estado conta atualmente com duas usinas solares instaladas, sendo uma em Campinas, com potência de 1.082 quilowatts pico (Kwp) e capacidade para gerar 1,6 GWh por ano, e outra nas dependências da Universidade de São Paulo (USP).
Outros 771 empreendimentos de micro e mini geração distribuída encontram-se em implantação no estado, incluindo o desenvolvimento de usinas nos municípios de Dracena e Guaimbê, com potência de 270 MWp. A Cesp também instalou no município de Rosana, no interior do paulista, a primeira usina fotovoltaica do país a utilizar a tecnologia de placas flexíveis e rígidas em sistema flutuante.
Em operação desde outubro do ano passado, o projeto consiste na instalação de dois sistemas com painéis solares rígidos de 250 quilowatts (kW) em terra e outros dois com painéis solares flexíveis de 250 kW em terra e 25 kW em sistemas flutuantes. Pelo levantamento da Secretaria Estadual de Energia e Mineração, São Paulo tem potencial para gerar 12 milhões de MWh/ano em energia solar, o suficiente para abastecer 4,6 milhões de residências.