Terex reforça suporte em serviços para guindastes

Da Canaris Informação Qualificada – 12.06.2017 – Além da estrutura para oferecer peças e manutenção aos usuários da marca, a empresa amplia seus mecanismos para treinamento dos operadores de guindastes. Com a paralisação dos investimentos em infraestrutura e projetos de óleo e gás, que movimentam a venda de guindastes móveis, o mercado de equipamentos para […]

Por Redação

em 12 de Junho de 2017

Da Canaris Informação Qualificada – 12.06.2017 –

Além da estrutura para oferecer peças e manutenção aos usuários da marca, a empresa amplia seus mecanismos para treinamento dos operadores de guindastes.

Com a paralisação dos investimentos em infraestrutura e projetos de óleo e gás, que movimentam a venda de guindastes móveis, o mercado de equipamentos para elevação de cargas reduziu drasticamente seu ritmo de atividades no país. Nesse cenário, os fabricantes do setor buscam alternativas para fazer frente à queda nas receitas, redirecionando o foco para a oferta de serviços ou para outros mercados da América Latina. “Nos últimos dois anos, a indústria registrou uma queda de 90% no volume de negócios”, afirma Rodrigo Borges, gerente de vendas Brasil da Terex, um dos principais fabricantes globais de guindastes.

Segundo ele, os inúmeros projetos de geração eólica em implantação contribuem para manter os contratos de algumas empresas que operam com guindastes, como construtoras e locadoras, mas são insuficientes para garantir a ocupação de toda a frota em atividade no país. Por conta dessa realidade, muitas empresas do setor reduziram seu parque com a venda de equipamentos (a maioria deles no exterior) e algumas locadoras prospectam a locação de guindastes em mercados fora do Brasil.

Mesmo assim, o setor de locação de guindastes opera atualmente com uma ocupação média da frota de cerca de 40%, muito abaixo do que pode ser considerado um índice rentável para o negócio. “O momento está propício para as locadoras de médio porte, que prospectam oportunidades em nichos de negócios antes restritos aos grandes players do setor”, avalia Borges. Ele acredita que a retomada dos investimentos no setor, como a recente concessão de linhas de transmissão e o próximo leilão do pré-sal, ajudará a reverter esse cenário de baixa demanda por guindastes.

Enquanto isto, a Terex concentra seu foco em mercados que mantêm a demanda aquecida, como o Chile, Colômbia e Peru, além da Argentina, que voltou a consumir o equipamento, em reflexo a sua recuperação econômica. No Brasil, as novidades da empresa estão mais relacionadas à oferta de peças e serviços para clientes que operam com guindastes da marca, mas Borges refuta a tese de que o objetivo da iniciativa seja apenas a recomposição da receita. “Não encaramos o serviço como uma oportunidade de faturamento, mas como uma ferramenta de suporte ao cliente, pois há um valor intangível a se considerar, que é sua satisfação e a consequente fidelização junto à marca”. O executivo não revela o faturamento da empresa na área de guindastes, tampouco o peso dos serviços no negócio.

Investimentos em treinamento

Segundo Ricardo Beilke, gerente de peças e serviços da Terex para a América Latina, uma das novidades nessa área é a oferta de treinamento aos operadores de guindastes nas instalações dos próprios clientes. “Para isto, montamos toda a estrutura necessária aos cursos de treinamento em contêineres, que podem ser levados em carretas até o local em que os operadores trabalham, como canteiros de obras, frentes de mineração ou o pátio da locadora de guindastes”, diz ele.

A estrutura conta até mesmo com simuladores de operação, permitindo que os profissionais treinem ou testem suas habilidades na condução da máquina em condições similares à realidade em campo. Os simuladores estão disponíveis para duas linhas de guindastes da marca, os modelos RT (Rough Terrain), que operam em terrenos acidentados, e os modelos AT (All Terrain). “Outra iniciativa que vamos desenvolver nessa área é a oferta de qualificação dos operadores por sistema e-learning, utilizando uma plataforma na internet e disponibilizando todos os dados às empresas do setor”, afirma Beilke.

A ideia, segundo ele, é reduzir o impacto que a queda das atividades no setor produziu sobre o emprego e a qualidade de vida dos operadores. Dessa forma, o profissional, empregado ou não, pode acessar a plataforma e-learning da Terex e se qualificar espontaneamente, sendo que os dados sobre seu desempenho serão disponibilizados para construtoras, locadoras e demais empresas que operam com guindastes. O executivo afirma que o projeto se encontra em fase de desenvolvimento e será implantado em parceria com entidades setoriais.

O principal serviço oferecido pela empresa, entretanto, é o suporte em manutenção, que conta com equipes próprias as ações corretivas na própria operação do cliente. Segundo Beilke, essas equipes contam com equipamentos e ferramental necessário para análise de óleo e soldagem, além de bancadas eletrônicas e soldadores qualificados pelo instituto TÜV. “O guindaste não precisa sair da operação para receber as ações corretivas e muitas empresas vêm utilizando essa solução, principalmente entre as mineradoras”, conclui o executivo.