Randon sofre menos que concorrentes e projeta crescimento para 2018

Por Rodrigo Conceição Santos – 20.10.2017 – Empresa retoma obras de R$ 100 milhões na fábrica de Araraquara e mantém intenção de ampliar exportações, balanceando o mercado interno que deve ter crescimento tímido nos próximos anos. Em 2013 foram vendidos cerca de 70 mil semirreboques no total. Em 2016 foram 23 mil (67% menos). Essa […]

Por Redação

em 20 de Outubro de 2017
Fotos do Studio Turtle

Por Rodrigo Conceição Santos – 20.10.2017 –

Empresa retoma obras de R$ 100 milhões na fábrica de Araraquara e mantém intenção de ampliar exportações, balanceando o mercado interno que deve ter crescimento tímido nos próximos anos.

Fotos do Studio Turtle

Em 2013 foram vendidos cerca de 70 mil semirreboques no total. Em 2016 foram 23 mil (67% menos). Essa diferença abalou todo o mercado de implementos rodoviários, inclusive a Randon, que é a maior dessas fabricantes. Contudo, a empresa vendeu 26 mil implementos em 2013 e um pouco mais de 10 mil unidades em 2016, registrando uma diferença de 60% entre o ano áurico e o recém passado. Recapitulando: mercado 67% e Randon 60%. Parece pouca a diferença…, mas não é. E com esse ganho de market share a fabricante projeta crescimento e posicionamento ainda mais forte no mercado.

“Tínhamos cerca de 30% do mercado de semirreboques em 2013 e hoje temos cerca de 40%”, diz Alexandre Gazzi, diretor de operações (COO) da Randon Veículos e Implementos. Essa é a nova proporção que a empresa quer manter, motivo pelo qual lançou um semirreboque basculante de 30 m³ durante a Fenatran 2017 para avançar no transporte de minerais, principalmente areia e brita.

Em relação a este ano, Alexandre Gazzi é enfático: “o mercado de implementos não melhorou”. Para ele, houve apenas o avanço da Randon sobre os concorrentes, muitos fragilizados pelos anos de crise. “E para o ano que vem a projeção é de melhora tímida, entre 5% e 10%”, diz.

Esse é um dos motivos pelos quais a Randon reforça atenção no mercado externo. A empresa está lançando uma fábrica no Peru, com início de atividade prevista para o primeiro trimestre de 2018 e pretende ampliar as negociações na África, onde houve uma queda vertiginosa devido à crise do petróleo. “A intenção é que um terço de nossas vendas sejam para outros países”, diz David Randon, diretor-presidente do grupo. “Para isso vamos ampliar a capacidade produtiva no Brasil e concomitantemente para exportação, através da fábrica de Araraquara, cujas obras foram retomadas e a produção dos primeiros implementos deve ocorrer também no primeiro trimestre do ano que vem”, conclui, salientando que o investimento previsto para a fábrica é de R$ 100 milhões, o que envolve também a contratação de 120 funcionários para uma produção bastante focada em implementos canavieiros.