Da Redação – 22.12.2017 –
Programa mundial tem a meta de usar cartões de débito, crédito e pré-pagos em catracas, portões de acesso de passageiros e leitoras instaladas em ônibus
O pagamento dos serviços de transporte público está mudando rapidamente e a Visa não quer – literalmente – perder o bonde, VLT, ônibus ou metrô. A empresa foca nas soluções diárias de pagamentos sem contato (contactless) que sejam integrados e práticos, inclusive usando a infraestrutura e o know how de seu Centro de Inovação, baseado em Londres. Segundo a companhia, o programa deve envolver novos padrões “que simplificam o processo de certificação de soluções de pagamento para operadores e provedores de soluções para meios de transporte”,
“A Visa é a melhor maneira de pagar e de receber pagamentos em qualquer lugar, com qualquer dispositivo”, diz Michael Lemberger, diretor de Produtos da Visa, Europa. “Queremos facilitar a experiência de transporte e torná-la mais rápida e segura, não importa se a pessoa está viajando de carro ou avião, se está de férias, ou simplesmente usando o transporte público para ir trabalhar”, completa. Uma das iniciativas da empresa é a associação à Transport for London (TfL), entidade que fiscaliza e controla o sistema de transporte público na Grande Londres.
A interação com a TfL deu à empresa o conhecimento especializado que já foi replicado em mais de um bilhão de viagens pagas com produtos contactless Visa na TfL em operadores de meios de transporte público do mundo todo para eliminar o uso de dinheiro em espécie e passes de papel em ônibus e trens.
No caso de Londres, o processo está avançado. De acordo com Shashi Verma, diretor de Tecnologia da TfL, mais de 40% das passagens adquiridas para embarcar em meio de transporte da capital inglesa são pagas com cartões contactless ou dispositivos móveis. O sistema coberto pela TfL já recebeu pagamentos com cartões de mais de 100 países. “Foram necessárias muitas mudanças na indústria de pagamento até chegarmos a este ponto, incluindo a criação de novas regras. Sem nossa estreita parceria, não teríamos visto os enormes benefícios do uso de pagamentos contactless na compra de passagens para os usuários em Londres”, resume Verma.
Do lado da Visa, o programa tem quatro pontos. O primeiro deles é a consultoria, envolvendo a equipe de Soluções Globais para Meios de Transporte da empresa. O time envolve um grupo baseado em Londres e especialistas regionais exclusivos espalhados pelo mundo, que darão apoio às implementações de pagamento contactless oferecendo assessoria e suporte.
O segundo ponto são as estruturas de trabalho, incluindo o Modelo de Transação de Transporte de Massa (Mass Transit Transaction Model), um sistema de back-office para gerenciar pagamentos contactless, qualquer que seja o porte e a estrutura tarifária do operador. O modelo da Visa contempla uma variedade de tarifas, como tarifas fixas, tarifas baseadas em distância e tempo e tarifas multimodais, além de características como limites máximos, concessões e reembolsos por atraso.
As ferramentas e padrões foram a terceira frentes e tem a meta de incluir tecnologias de pagamento disponíveis aos operadores de meios de transporte coletivo. O futuro do transporte fecha a abordagem da Visa e elege o Centro de Inovação em Londres como epicentro para o futuro das opções comerciais no setor de transporte, incluindo carros, aviões e meios de transporte coletivo. “A Visa colaborará com operadores de transporte público, empresas de tecnologia, fintechs e outras entidades a fim de examinar todos os aspectos do trajeto do consumidor e participar da cocriação de novas experiências de viagem”, informa a companhia.