Custo de infraestrutura vai dobrar com 5G, avalia consultoria

Da Redação – 30.02.2018 – Avaliação da McKinsey acaba de ser divulgada, simultaneamente ao Mobile Word Congress (MWC), que acontece nessa semana em Barcelona   A quinta geração de telefonia móvel (5G) está prestes a ser lançada, na etapa de teste, em vários mercados ainda nesse ano. Para a consultoria McKinsey, essa nova etapa abre novas […]

Por Redação

em 2 de Março de 2018

Da Redação – 30.02.2018 –

Avaliação da McKinsey acaba de ser divulgada, simultaneamente ao Mobile Word Congress (MWC), que acontece nessa semana em Barcelona  

A quinta geração de telefonia móvel (5G) está prestes a ser lançada, na etapa de teste, em vários mercados ainda nesse ano. Para a consultoria McKinsey, essa nova etapa abre novas oportunidades, inclusive para turbinar a oferta de Internet das Coisas (IoT), mas também vai envolver um investimento em infraestrutura de redes. Tomando como base um país europeu (não identificado), a consultoria avalia que os gastos de capital relacionados à infraestrutura deverão aumentar 60% de 2020 a 2025, dobrando o custo total de propriedade (TCO) nesse período.

A consultoria também avalia qual é o momento adequado para o investimento na rede de 5G, separando aplicações que ainda são incertas dos usos inovadores e dos urgentes. Em sua análise, ela organizou os desafios em três grupos: banda larga melhorada, IoT e aplicações de missão crítica. Nos três casos, o nível de desempenho de rede vai precisar ser multiplicado por dez. E isso inclui diversos parâmetros, de latência a confiabilidade e escala, passando pelo volume de tráfego. “Para acompanhar isso, as operadoras móveis devem investir em todos os domínios de rede, incluindo espectro, rede de acesso de rádio, infraestrutura, transmissão e core da rede.

Os avanços na nova seara também variam, a começar pelo aumento de capacidade das redes macro de 4G, seja pela remodelação do espectro de 2G e 4G ou pela compra de espectro adicional (quando existente). Uma forma de postergar investimentos é a abordagem evolucionária, com fases intermediárias como o LTE e o LTE-Pro, onde funcionalidades como o MIMO (multiple input, multiple output technology) em grande volume.

Quando a otimização da rede não for suficiente para suportar o tráfego crescente, as operadoras vão precisar construir novos macro sites ou ativar as chamadas small cells, pequenas estações rádio base. Cronologicamente, a etapa que envolve novas construções deve acontecer em algum ponto entre 2020 e 2025. E será a primeira mudança significativa por trás do aumento de custo em infraestrutura.

Embora as operadoras tenham apresentado diferentes abordagens para o 5G, a McKinsey identifica algumas tendências em termos de rede. Uma delas é a corrida por espectro. Há testes em andamento em frequências que variam entre 3.5 GHz até 80 GHz. A maioria prevê uma aquisição de bandas de 3.5 GHz em curto prazo, evoluindo para 26 GHz e 28 GHz.

Com novos espectros, as operadoras vão ter que investir em interfaces de rádio e antenas para aumentar a eficiência das novas bandas. As mudanças de tráfego e de dispositivos móveis também vão exigir remodelações no legado de 2G e 3G para atender as novas redes de quarta e quinta geração. Há indicações de que vários países europeus planejam a parada de suas redes 3G por volta de 2020. Nos Estados Unidos, o descomissionamento prevê a priorização do 2G antes do 3G.

Outra tendência é a adoção de soluções de small cells para atender a capacidade urbana. O desafio é maior do que a cobertura de áreas rurais e suburbanas, assim como ao longo de rodovias, onde o aumento de tráfego pode ser conseguido com a maior densidade da rede via macro sites. As regiões densamente habitadas devem ser cobertas com as pequenas estações rádio base por duas razões: a existência de uma alta concentração de tráfego e o uso de espectros de banda mais altos, ou seja, maiores que 3 GHz.

Avaliando uma cidade europeia (também não identificada), a McKinsey identificou que sites com densidades de tráfego acima de 0,5 petabyte por km quadrado por ano tem um raio de abrangência menor que 200 metros. Esse seria um exemplo de demanda por soluções de small cells e espelharia casos de outros locais como Manhattan, em Nova York, e de Helsinki, capital da Finlândia. A maior parte das grandes cidades terá uma densidade entre 1 e 2 petabytes por km quadrado em 2025.

Na avaliação da consultoria, outra tendência é o crescimento da transmissão via fibra óptica. E os esforços serão em grande escala. Sem a aplicação da fibra, elas não vão atender as necessidades de tráfego do 5G e, principalmente, não vão suportar a ativação maciça das small cells em áreas urbanas.