Empreiteira de telecom Etelge mostra como é competitiva no subsolo

Da Canaris – 11.04.2018 – Empresa usa frota própria de perfuratrizes direcionais para instalar redes subterrâneas, e comprova que é possível equalizar a relação custo-benefício, mesmo oferecendo um serviço de qualidade superior aos clientes operadores de telecomunicações. A empreiteira de telecomunicações Etelge atua em oito estados Brasileiros. Atende grandes operadoras de telecomunicações prioritariamente, e tem […]

Por Redação

em 11 de Abril de 2018
Vermeer Navigator

Da Canaris – 11.04.2018 –

Empresa usa frota própria de perfuratrizes direcionais para instalar redes subterrâneas, e comprova que é possível equalizar a relação custo-benefício, mesmo oferecendo um serviço de qualidade superior aos clientes operadores de telecomunicações.

Vermeer Navigator

A empreiteira de telecomunicações Etelge atua em oito estados Brasileiros. Atende grandes operadoras de telecomunicações prioritariamente, e tem como especialidade a instalação de redes subterrâneas, usando métodos não-destrutivos (MND) na maioria das operações. Para isso, conserva uma frota própria de cinco perfuratrizes direcionais, sendo três da Vermeer. As outras duas também são de marca norte-americana, que, segundo o diretor Eduardo Nogueira Amaral, são tecnicamente melhores que os equipamentos produzidos na Ásia. Atento à pulverização de mercado, com a ascendência dos provedores regionais instalando redes de fibra óptica em cidades menores, ele não descarta ampliar o leque de clientes e mostra que ter frota própria faz toda a diferença no poder competitivo.

A cidade de Brasília concentra a maior parte dos serviços da Etelge. Dentro da região geográfica que atua (Centro Oeste e Norte), faz todo o sentido, pois as instalações em MND estão sendo demandadas com maior frequência nas grandes cidades, como a própria empreiteira já mapeou. “Algumas cidades de Minas Gerais também têm requerido o nosso serviço em alto volume. Depois, temos mais clientes em cidades goianas e sul-mato-grossenses, estando os municípios do Mato Grosso e Tocantins ganhando relevância nos últimos tempos. No Norte, Acre e Rondônia, temos poucas operações ainda, mas iremos ampliar”, diz Eduardo Amaral.

A qualidade técnica, segundo ele, é o principal cartão de visitas. “Somos profissionais egressos da Elektro e temos 21 anos de empresa, sendo os últimos 15 totalmente focados na instalação de redes subterrânea de telecomunicações”, pontua..

Passo a passo eficiente
Ele descrever o ciclo para a instalação de rede de fibra óptica por MND começando por um levantamento geral para conceber o projeto. Nessa etapa, é preciso avaliar os locais onde o MND é indispensável e outros onde a sua utilização pode ser vantajosa econômica e operacionalmente.

“Geralmente, a tecnologia mais avançada é imprescindível em travessias de rios, lagos, pontes, viadutos, etc.”, diz o especialista. “Em outras situações, ela é preferida. São os casos de vias de alto tráfego, nas quais a interferência no cotidiano da cidade pode custar bastante caro se optarem por abrir valas ou instalar redes aéreas”, completa.

Definidos os locais de instalação por método não-destrutivo, entra a etapa de sondagens. O primeiro passo é o mapeamento do subterrâneo, identificando redes de água, energia, petróleo e gás, esgoto e outras de telecomunicações que passam pelo local. Depois, detalha Eduardo Amaral, são feitas sondagens por amostragem (retirada de corpo de prova) para avaliar as características do solo e definir a química necessária – como betonita ou polímeros – para a perfuração direcional. “Há também a opção do georeferenciamento para a sondagem. É uma tecnologia bem mais avançada, mas que, por questão de custo inicial, tem sido pouco adotada pelas operadoras”, diz ele.

A perfuração do poço de acesso é o passo seguinte, que ocorre devidamente aparada por isolamento da área de operação. “Depois posicionamos a tubulação e iniciamos a perfuração direcional”, diz o especialista, salientando que, quando há necessidade, usa o alargador.

A declividade média dessas perfurações fica na faixa de 30%, sendo que o equipamento navega entre 2 e 3 metros de profundidade, geralmente. Em algumas ocasiões, principalmente quando há outras redes subterrâneas no local, a perfuração é mais cuidadosa e isso também explica a determinação da Etelge ao adquirir equipamentos de alto nível tecnológico para operar.

“Temos uma Navigador D24X40II da Vermeer, que é a máquina mais avançada tecnologicamente da nossa frota”, diz o especialista. O equipamento tem força de empuxo e puxada de 11 toneladas e torque rotacional de 4.200 libras/pés.

A empresa também tem duas unidades D24X40A da Vermeer, com motor Deutz de 74hp de potência e força de empuxo ou puxada de 8,8 toneladas. “Utilizamos hastes de perfuração de 1,5m a 3,05 metros, o que nos permite atuar com bom custo-benefício em perfurações longas ou curtas”, diz Eduardo Amaral.
(Veja vídeo de demonstração do Navigator D24X40, da Vermeer)

Custo-Benefício
A relação de custo operacional versus faturamento pelos serviços é, segundo o especialista da Etelge, o seu diferencial competitivo. Fazendo uma relação básica de que as operações de abertura de vala têm custo inicial de cerca de 70% menos que as feitas com MND, ele demonstra que consegue ser competitivo no mercado de telecomunicações pelo fato de deter equipamentos próprios.

“Em muitos casos, quando o empreiteiro precisa locar equipamentos ou pagar por metro instalado, a conta não fecha. Conosco é diferente, pois temos frota suficiente para atender diversos projetos paralelamente e conseguimos preço competitivo, principalmente em situações nas quais a recomposição do piso – muitas vezes em pedras ou lajotas nas calçadas – pode representar alto custo, que sai do controle da planilha. Isso costuma ocorrer quando há aberturas de valas não avaliadas corretamente”, diz.

Confiante no mercado de telecomunicações, principalmente no Centro Oeste, Eduardo Amaral diagnostica que há um movimento intenso de provedores regionais substituindo redes de rádio por fibra óptica. E aí pode estar um mercado interessante para a Etelge no futuro próximo.

A percepção dele é balizada por números da Anatel, a quem, aliás, ele credita a responsabilidade de ampliar as exigências para promover a instalação de redes subterrâneas em detrimento das aéreas, que ainda hoje são grande maioria quantitativamente.

Em 2016, último ano no qual os dados da agência foram consolidados, o número de acessos à banda larga promovidos por provedores regionais por meio de fibra óptica dobrou, passando de 2% de representatividade para 4% no Centro Oeste. A estimativa é que tenha havido crescimento semelhante em 2017, principalmente porque a demanda por banda larga na região não para de crescer.

Em 2015 e 2016, exatamente 117 e 85 novas empresas, respectivamente, tiraram licença SCM para ofertar transmissão de dados em alta velocidade na região. Muitas dessas empresas são potenciais clientes para instalação de redes subterrâneas, o que justifica o olhar atento da Etelge para esse mercado e a sua preparação técnica para atender com agilidade e qualidade, por meio de uma frota de equipamentos avançada e majoritariamente composta por perfuratrizes direcionais Navigators, da Vermeer.