Impostos recolhidos em um semestre zerariam déficit habitacional

Da Redação – 05.07.2018 – Hoje, o medidor de impostos da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registra o acumulo de R$ 1,2 trilhão. O valor, pelos cálculos da entidade, daria para comprar 6 milhões de apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida, o que seria suficiente para zerar o déficit habitacional brasileiro. O Impostômetro […]

Por Redação

em 5 de Julho de 2018
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Da Redação – 05.07.2018 –

Hoje, o medidor de impostos da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registra o acumulo de R$ 1,2 trilhão. O valor, pelos cálculos da entidade, daria para comprar 6 milhões de apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida, o que seria suficiente para zerar o déficit habitacional brasileiro.

O Impostômetro da ACSP contabiliza o que os brasileiros já pagaram de impostos, taxas e contribuições desde o primeiro dia do ano.

Em 2018, a marca de R$ 1,2 trilhão está sendo alcançada 16 dias antes de 2017, o que leva à conclusão de que a carga tributária está aumentando, mesmo no atual cenário de crise econômica. “Embora a um ritmo mais lento do que esperado, a retomada econômica está se concretizando, o que incrementa a arrecadação, notadamente nos casos do IPI, do ICM e da PIS/COFINS, que incidem sobre produtos de maior valor, como veículos e eletrodomésticos”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Ele elenca outras causas para o resultado: inflação na casa de 4%, garantindo elevação do bolo tributário; avanço do preço dos combustíveis, que têm grande peso na arrecadação; e redução de isenções.

Burti espera que o governo ― atual e futuro ― consiga ajustar as contas públicas, mas sem recorrer ao aumento de impostos, que já são muito elevados. “O próximo governante precisa adotar medidas efetivas de controle de gastos e garantir também que elas tenham continuidade”, reitera Burti.