Da Canaris – 19.08.2018 –
Equipamento é usado em projetos de paisagismo de alto padrão e chega a produzir 500 metros de valas por dia
O mercado de flores e plantas ornamentais movimenta mais de R$ 10 bilhões ao ano no Brasil, segundo a Associação Brasileira dos Arquitetos Paisagistas e Floricultura (Abap). Quase todo esse volume é destinado à jardinagem de residências, centros comerciais, indústrias e praças públicas. Esse setor, que leva atributos da construção civil e da agricultura, tem peculiaridades que poucos dominam, e a Monteiro Sistemas de Irrigação é um deles. Com 21 anos de atuação, a empresa se especializou em irrigação de áreas verdes e jardins de alto padrão. Sim, é um nicho dentro do nicho e um mercado que surpreende às vistas.
O engenheiro agrônomo com MBA Ambiental em Sustantabilidade pela Ufscar, José Ernesto Monteiro, se especializou em áreas verdes e é o fundador e diretor técnico da empresa. Ele comanda a operação e mantém foco na implantação de sistemas de irrigação de alto padrão e automatizados. A clientela integra a classe social A do Brasil, sendo alguns também de empreendimentos comerciais, como shopping centers.
Esse tipo de operação explica a busca por produtividade e a aquisição da minivaletadeira RTX 250, da Vermeer Brasil. O equipamento é utilizado para abrir as valas que recebem o encanamento de irrigação e já integra a frota da Monteiro há mais de um ano. “A produtividade é diferenciada. Chegamos a fazer 500 metros de valas por dia”, diz o operador do equipamento, Luciano Marcolino Nogueira. Em situações mais adversas, como nos terrenos com interferências (rochas e entulhos) ou inclinações acima de 15 graus, segundo ele, a produtividade diminui, mas ainda é satisfatória em relação à escavação manual ou com escavadeira.
A RTX 250 abre valas de até 1,22 metros de profundidade. Quanto à largura, o equipamento permite três configurações diferentes, sendo a menor de 10,2 cm e a maior de 20,2 cm. “Adquirimos a minivaletadeira para ampliar a frota, pois já tínhamos um equipamento do tipo – mais antigo – operando. Pela crise econômica do país, vendemos essa máquina antiga e mantivemos a RTX 250. Hoje, percebemos retomada nas consultas de projetos e, se esse crescimento se confirmar, pretendemos cotar uma nova unidade do equipamento da Vermeer”, diz Monteiro.
O empresário prioriza a marca pelo pós-vendas, já que é a empresa multinacional que ele realmente tem conhecimento de obter toda a estrutura de peças e serviços para atendimento no Brasil. Para a RTX 250 em uso, e para as futuras, a Monteiro prioriza o conhecimento técnico para manter a máquina disponível o máximo possível. Prova disso é que o operador foi treinado pela equipe técnica da Vermeer a realizar somente os procedimentos recomendados pela fábrica.
Histórico técnico
Na fundação, a Monteiro Irrigação atuava com paisagismo e a irrigação era parte da oferta. Com o passar dos anos a empresa aumentou sua especialidade e chegou ao ponto de inflexão que a levou a deixar de ofertar o paisagismo e focar em irrigação. “Tivemos de seccionar porque os clientes paisagistas deixavam de nos contratar para irrigação por entender que éramos concorrentes”, diz Monteiro. Essa decisão foi tomada a cerca de 10 anos e hoje a Monteiro é referência no setor.