Estradas peruanas serão monitoradas via satélite e em tempo real

Redação – 01.02.2019 –  Processo envolve instalação de antenas e sensores nos ônibus e captura de imagens via satélite, num empreendimento que inclui, entre outros, Banco Mundial e Airbus Um projeto conjunto entre o Banco Mundial e a Airbus vai permitir o mapeamento preciso das rodovias peruanas, inclusive das seções mais acidentadas e movimentadas do […]

Por Redação

em 1 de Fevereiro de 2019

Redação – 01.02.2019 – 

Processo envolve instalação de antenas e sensores nos ônibus e captura de imagens via satélite, num empreendimento que inclui, entre outros, Banco Mundial e Airbus

Um projeto conjunto entre o Banco Mundial e a Airbus vai permitir o mapeamento preciso das rodovias peruanas, inclusive das seções mais acidentadas e movimentadas do país vizinho. Nem a famosa Ticlio, a estrada pavimentada que fica nas altitudes mais altas dos Andes centrais, a 4.818 metros acima do nível do mar, fica fora do empreendimento. Intitulada de SmartBus, a ação será um projeto-piloto de monitoramento geoespacial que vai permitir a coleta e transmissão de informações em tempo real sobre o estado da Rede Rodoviária Nacional, assim como a comunicação com áreas hoje isoladas devido a desastres naturais.

O projeto também estudará o uso de novas tecnologias para fornecer acesso à internet em áreas rurais. A iniciativa, que conta com a participação do Ministério de Transporte e Comunicações (MTC) peruano, será desenvolvida na rota rodoviária andina entre Lima, capital do Peru, na costa do Pacífico, e cidades situadas à beira e na baixa selva amazônica.

A primeira fase do projeto envolverá a instalação de antenas e sensores de satélite em vários ônibus comerciais, cobrindo por completo a rota de 742 km que começa na costa, passa pelas montanhas e termina na floresta. Os dados coletados por esses dispositivos serão complementados por imagens de satélite coletadas pela Agência Espacial Peruana (CONIDA), um dos órgãos que estão trabalhando no projeto SmartBus.

Consórcio envolve ainda companhias de outros países

A segunda fase contará com a organização de uma hackathon em Lima dos dias 15 a 17 de fevereiro de 2019, que reunirá engenheiros, desenvolvedores e estudantes do país inteiro para trabalharem juntos no desenvolvimento de serviços e soluções digitais inovadoras com base nas informações coletadas pelos sensores.

O projeto permitirá a medição do impacto de soluções tecnológicas inovadoras, como o acesso a novos modelos de conectividade, sistematização de dados coletados por meio de aplicações sem fio para monitoramento de infraestruturas e manutenção da malha rodoviária e também a atualização de informações que sejam relevantes para atividades empresariais em nível local.

Diversas empresas estão trabalhando conjuntamente com a Airbus, o MTC e o Banco Mundial para implementar o SmartBus. Kymeta e Aventior (ambas empresas americanas) e Terabee (francesa), bem como as companhias peruanas TEPSA e Lequi Peru, estão fornecendo recursos, assim como o workshop digital Fab Lab Lima, a unidade local da rede internacional da Fab Foundation.

A Universidade Nacional de Engenharia também está participando do projeto SmartBus por meio do Departamento de Engenharia Civil e do Instituto Nacional de Pesquisa e Treinamento em Telecomunicações (INICTEL-UNI). Além disso, por meio da Aliança para o Desenvolvimento Digital, as seguintes instituições colaboram neste projeto: Microsoft, GSMA, Finlândia, Coréia do Sul, Japão, Reino Unido e Dinamarca.