Brasil sedia evento mundial de saneamento

Redação – 07.10.2019 – O 19º Encontro Mundial de Saneamento – World Toilet Summit, acontece de 17 a 19 de novembro em São Paulo. Pode parecer absurdo, mas muita gente no mundo não tem banheiro. E esse é um dos focos do Encontro Mundial de Saneamento – World Toilet Summit, que reúne especialistas mundiais no […]

Por Redação

em 7 de Outubro de 2019

Redação – 07.10.2019 –

O 19º Encontro Mundial de Saneamento – World Toilet Summit, acontece de 17 a 19 de novembro em São Paulo.

Pode parecer absurdo, mas muita gente no mundo não tem banheiro. E esse é um dos focos do Encontro Mundial de Saneamento – World Toilet Summit, que reúne especialistas mundiais no assunto na próxima semana em São Paulo. Os números do Brasil reforçam a importância do evento acontecer por aqui: com 208 milhões de habitantes, temos ainda quase 100 milhões (48% da população) sem acesso à coleta dos esgotos e somente 46% do volume é tratado. Cerca de 35 milhões não têm acesso à água tratada. Complicado, não?

O problema no Brasil é geral. A região Norte é a mais precária em acesso aos serviços de saneamento, cerca de 10% da população tem acesso à coleta dos esgotos. Mesmo estados considerados mais ricos e desenvolvidos, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, possuem baixos níveis de coleta de esgotos, o que mostra que o problema está em todo território, independente do nível econômico local. Os dados do Instituto Trata Brasil, um dos atores que combatem as estatísticas negativas do país nessa área.

De acordo com a entidade, outro destaque do evento é a presença de duas fundações mundialmente importantes na busca pela dignidade humana por meio do saneamento básico. A primeira delas é a Fundação Bill e Melinda Gates, que será representada pelo diretor, Doulaye Kono, no painel sobre O papel da Cooperação Internacional nos desafios da água e esgotos. Já a Water.org – organização liderada pelo ator americano Matt Damon e pelo engenheiro Gary White, também estará presente debatendo o tema Saneamento básico e gênero, que mostra como as mulheres sofrem mais com a ausência dos serviços de água e saneamento, ainda mais quando sem banheiros.

O encontro ainda terá a presença de organizações sul-americanas, asiáticas, africanas, além de especialistas brasileiros em painéis sobre mudanças climáticas e acesso à água; impactos do saneamento básico na saúde pública; mecanismos de financiamento para saneamento básico; despoluição de rios e oceanos; entre outros. Serão 14 painéis em dois dias de debates simultâneos sobre como o saneamento básico pode impactar positivamente na agenda da América do Sul, sobretudo no Brasil.