Redação – 16.10.2019 –
Legislação que entrou em vigor em setembro impõe novos valores mínimos de eficiência para motores de indução trifásicos
Os motores elétricos consomem cerca de 25% da energia no país, segundo especialistas. Equipamentos que movem dispositivos que vão desde ventiladores a bombas hidráulicas, eles têm muito a melhorar e a nova legislação do Ministério de Minas e Energia (MME) trata exatamente disso. Ela estabelece novos valores mínimos de eficiência para motores de indução trifásicos e deve mudar uma situação apontada pela 16, feita pela PUC-Rio e pelo Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre).
O levantamento, que apontou o impacto da baixa qualidade de determinados motores na economia e na energia consumida no país, foi um dos provocadores da mudança da legislação do MME. O estudo aponta que o gasto com energia é equivalente ao consumo de 4,47 milhões de residências brasileiras, o que deixa em evidência o impacto da baixa eficiência dos equipamentos usados no país. A mudança anunciada pelo MME substitui os motores IR2 (alto rendimento) pelo IR3 (rendimento premium).
O estudo feito pela PUC-Rio conclui ainda que a perda de energia foi estimada em 7,1 TW h apenas em 2013, chegando a 8,43 TW h em 2016, ou seja, um aumento de 18,9% no período de três anos. Somente o valor desperdiçado em 2016 equivale a 5,9 vezes a produção do mesmo ano da Usina Hidrelétrica de Sobradinho ou a 4,5 milhões de veículos elétricos, tipo Tesla modelo S, rodando no Brasil por ano.