Redes Mesh e medidores inteligentes reduzem o furto de energia

Ricardo Hayashi – 24.10.2019 – O mais importante é agregar inteligência ao processo de distribuição de energia, oferecendo às distribuidoras a capacidade de inovar e adotar as melhores práticas no combate ao furto e fraudes no consumo Entregar um bom serviço, com um preço justo, é o objetivo de todas as concessionárias de energia elétrica. […]

Por Redação

em 24 de Outubro de 2019

Ricardo Hayashi – 24.10.2019 –

O mais importante é agregar inteligência ao processo de distribuição de energia, oferecendo às distribuidoras a capacidade de inovar e adotar as melhores práticas no combate ao furto e fraudes no consumo

Entregar um bom serviço, com um preço justo, é o objetivo de todas as concessionárias de energia elétrica. A saída para esse desafio está na digitalização do setor elétrico, com a instalação de medidores inteligentes e conexão robusta e confiável, como a oferecida pelas Redes Mesh, enviando dados em tempo real sobre a energia consumida, a eficiência da rede de distribuição e a qualidade da energia entregue. Com o uso de medidores inteligentes e a consequente instalação de um sistema de automação de medição que transforme os dados transmitidos pelas Redes Mesh em informação integrada, é possível agregar inteligência ao processo de distribuição de energia.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) considera perdas não técnicas todos os erros de medição, as deficiências no processo de faturamento, a falta de medidor em unidades consumidoras, as fraudes e os furtos de energia, entre outros fatores. Já as perdas técnicas ocorrem durante o transporte da energia – seja na Rede Básica ou na distribuição – e estão relacionadas à transformação de energia elétrica em energia térmica, devido à resistência nos condutores (efeito joule), perdas nos núcleos dos transformadores e perdas dielétricas.

As perdas não técnicas representaram 6,6% do mercado consumidor em 2018, segundo a Aneel. O resultado dessas perdas não técnicas é um grande prejuízo para as concessionárias – R$ 5 bilhões – e, para o consumidor, um aumento de cerca de 3% no valor das suas tarifas.

A presença de medidores inteligentes permite o acesso a dados técnicos sobre o consumo que, quando analisados por meio do software de gestão de dados de medição, e cruzados com o perfil do cliente, levam à próxima geração de Smart Grids (Redes Elétricas Inteligentes). Além disso, os medidores inteligentes também são muito mais difíceis de serem fraudados. Inclusive, já existem vários casos de sucesso do uso de Redes Mesh, tanto em áreas urbanas quanto em áreas remotas, assim como do uso de medidores inteligentes.

O mais importante é agregar inteligência ao processo de distribuição de energia, oferecendo às distribuidoras a capacidade de inovar e adotar as melhores práticas no combate ao furto e fraudes no consumo de energia, como ressalta o presidente da ABRADEE (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), Marcos Madureira. “Estamos fazendo o dever de casa, mas sempre existe um grande número de pessoas planejando maneiras de furtar energia, essa briga nunca termina”.

De acordo com a ABRADEE, as Smart Grids começam a ser uma realidade no Brasil e, até 2030, devem atender até 74,4 milhões de usuários no país. Ao mesmo tempo, a ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) estima que os investimentos necessários para a implantação maciça das redes inteligentes no Brasil variam de R$ 46 bilhões a R$ 91 bilhões, dependendo da velocidade que o país quiser adotar.

Mas, para que esse cenário se torne realidade, é preciso contar com a oferta de conectividade confiável e resiliente. Uma plataforma de comunicação que entregue dados em tempo real, sem tempo de inatividade, garante que a concessionária possa aumentar a eficiência de sua rede de distribuição, atenda aos indicadores de desempenho da ANEEL, aumente sua receita, e melhore a satisfação de seus clientes.

Ricardo Hayashi é responsável por produtos para Conexões Inteligentes da Atech