Redação – 23.07.2020 –
E avaliam que novo Marco Legal do Saneamento pode influir positivamente no processo, incluindo reuso de água
A perda média de água nas redes de saneamento no Brasil é de praticamente 40% e há picos como o caso da Região Norte, onde a média é de 55%. O problema é generalizado nas concessionárias públicas e, geralmente, é um dos pontos de ataque iniciais das concessionárias privadas. Para os especialistas da Ramboll, consultoria dinamarquesa da área ambiental, existe um rota de ações para endereçar o problema.
“Uma das formas de reduzirmos as perdas é revisão da estrutura de distribuição, que possui sistemas antigos, sem dados de cadastro e informações detalhadas, como diâmetro das tubulações, material usado e localização exata, o que facilita as ações de combate aos vazamentos”, explica Eugenio Singer, presidente da empresa no Brasil. Segundo ele, outra forma é utilizando a tecnologia, com a implementação de uma gestão integrada de dados, com o uso de plataformas digitais, capazes de passar informações em tempo real”, completa.
O novo Marco Legal do Saneamento deve ajudar no processo e ainda aprimorar o reuso de água, “que é um forte aliado para problemas de oferta hídrica e no suprimento de consumos elevados no setor industrial”, na avaliação da Ramboll. “Para se ter uma ideia dos benefícios do reúso, a bacia do Alto Tietê, por exemplo, que atende uma população de mais de 15 milhões de habitantes, não dispõe, a longo prazo, de mananciais suficientes para suprir as demandas futuras, sendo importante a reutilização do volume de esgoto tratado para fins menos nobres”, explica a consultoria em documento oficial.