Redação – 27.08.2020 –
A produção nacional de ônibus fechou o primeiro semestre de 2020 com 8.931 unidades, o que representa queda de 36,5% rem relação ao ano passado (14.064). Com esse desempenho, o segmento atingiu o seu menor patamar em 21 anos. Em 1999, a produção de ônibus foi de 7.740 unidades. O mercado de caminhões também teve retração significativa, registrando seu pior desempenho semestral dos últimos quatro anos. Nos primeiros seis meses deste ano, foram produzidos 34.797 caminhões, número 37,2% inferior ao observado no mesmo período de 2019 (55.396).
Os dados são da nova edição do boletim Economia em Foco, divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte). De acordo com a publicação, com esses resultados, a produção nacional de veículos pesados no Brasil caiu 37,0% no primeiro semestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram produzidos 43.728 veículos pesados de janeiro a junho deste ano, contra 69.460 em igual período em 2019.
As vendas de veículos pesados novos também caíram consideravelmente nos primeiros seis meses de 2020. Segundo a CNT, o licenciamento de caminhões, com 37.860 unidades, teve queda de 19,2% em relação ao mesmo período de 2019. O licenciamento de ônibus, por sua vez, foi de 5.716 veículos (queda de 40,6% em relação ao primeiro semestre de 2019). Dessa forma, o licenciamento de veículos pesados no Brasil no primeiro semestre de 2020 totalizou 43.576 unidades, e foi 22,7% menor que o contabilizado entre janeiro e junho de 2019.
O presidente da CNT, Vander Costa, comenta que o resultado da produção e das vendas de veículos pesados no Brasil reflete o impacto da pandemia do novo coronavírus na atividade transportadora. “As pesquisas sobre os efeitos da crise da covid-19 que temos realizado com os transportadores mostram que a pandemia atingiu fortemente o setor, e que as expectativas das empresas para os próximos meses ainda são cautelosas. As empresas estão com baixa capacidade financeira e com dificuldade para conseguir crédito, fatores que repercutem diretamente no mercado de veículos pesados. Esperamos que, com a retomada da atividade econômica no segundo semestre, esse cenário desfavorável seja revertido.”