Redação – 12.07.2021 – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico monitora questões hídricas importantes e aponta onde o problema é maior
As áreas com seca tiveram aumento em seis das 20 unidades da federação acompanhadas pelo Monitor de Secas em maio deste ano, em comparação a abril: Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins. Já no Espírito Santo o fenômeno voltou a ser identificado, o que não acontecia desde fevereiro deste ano. No sentido oposto, dois estados tiveram redução de sua área com seca: Alagoas e Pernambuco. Outros dez estados não tiveram variação da área com seca (Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe), enquanto o Distrito Federal permanece sem registrar o fenômeno desde janeiro.
Os dados são do sistema que a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e indicam que sete estados, 100% de seus territórios registraram seca em maio na comparação com abril: Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Outros três estados registraram entre 97 e 99,5% de área com seca: Ceará, Goiás e Paraná. Exceto o DF, as demais nove unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor apresentam entre 33% e 88% de suas áreas com o fenômeno.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, a Bahia lidera a área total com seca, seguida por Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, como ilustra o gráfico a seguir. No Nordeste, a seca também se intensificou no Ceará e Rio Grande do Norte, que tiveram aumento das áreas com seca moderada devido às chuvas abaixo da média. Já entre Alagoas e Pernambuco o fenômeno se atenuou com a diminuição da área com seca grave.
No Sudeste, em função da persistência das chuvas abaixo da média, aconteceu a expansão da seca excepcional no noroeste paulista, atingindo parte do Triângulo Mineiro. Ainda em São Paulo, o Monitor identificou o avanço da seca extrema no oeste, centro e norte do estado. Enquanto a seca fraca voltou a ser registrada no norte do Espírito Santo, a seca moderada teve expansão no sul do Rio de Janeiro, no noroeste e sudeste de Minas Gerais e em parte do Vale do Paraíba (SP).
Já na região Sul, a seca extrema avançou no oeste catarinense, enquanto a seca moderada e a seca grave se expandiram no oeste e no centro do Paraná. No sentido inverso, o Rio Grande do Sul teve recuo da seca grave em grande parte de seu território em função das chuvas acima da média. Nas demais áreas cobertas pelo Monitor, o destaque vai para o agravamento da seca em Mato Grosso do Sul, devido às chuvas abaixo da média, e o avanço da seca fraca no norte de Tocantins.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.