Redação – 03.08.2021 – Viagens com as chamadas e-bikes cresceram 33% na capital fluminense no primeiro semestre
As bicicletas elétricas podem ser saída inteligente para a mobilidade urbana e o Rio de Janeiro é o atual laboratório do tema. Um estudo realizado pela Tembici, especializada em tecnologia para micromobilidade, em parceria com o Laboratório de Mobilidade da UFRJ em mais duas entidades – a Aliança Bike e o GIZ, mostrou a tendência. Segundo o levantamento o número de viagens cresceu 33% no primeiro semestre deste ano, na comparação entre janeiro com junho. Já o número de usuários teria crescido 26%.
Segundo os autores do estudo, a bicicleta elétrica expande a possibilidade de uso diário, uma vez que facilita deslocamentos mais longos e com diferentes relevos, exigindo menos esforço de quem pedala. Também por esta razão, ela permite a muitas pessoas, que antes combinavam diferentes modais em seus trajetos, usem agora apenas a e-bike para se locomover, resultando também em economia financeira. Para 12% dos respondentes, a inovação possibilitou a realização de trajetos que antes não eram feitos com a bicicleta convencional, incluindo uma rota que fica entre duas estações onde há um grande aclive.
Com relação às principais motivações e impactos positivos percebidos pelos usuários do Bike Rio, que já experimentaram as bicicletas elétricas, o destaque é a agilidade e conforto durante as viagens, ressaltando a eficiência das e-bikes como meio de transporte nas cidades. Os que responderam o questionário aplicado indicaram que a diminuição do tempo das viagens e do cansaço físico ou suor, o aumento da agilidade no trajeto e a facilidade para pedalar nas subidas foram as principais vantagens do uso das bicicletas elétricas.
O estudo também percebeu um aumento nos deslocamentos de ida e volta do trabalho com as e-bikes, reforçando a mudança de hábito em relação ao modal de transporte, que passa a ser cada vez mais visto e utilizado. Os percentuais de uso das bikes elétricas entre homens para locomoção diária ao trabalho é de 60% maior que o uso das bikes normais, enquanto entre as mulheres, o uso da e-bike é o dobro da convencional.
O levantamento desenvolveu uma pesquisa quali-quantitativa que analisou dados primários e secundários. Os dados primários quantitativos foram coletados por meio de um questionário on-line e os primários qualitativos por conversas e entrevistas, realizadas diretamente com colaboradores da Tembici. Dados secundários quantitativos sobre o uso e as viagens realizadas no sistema foram disponibilizados diretamente pela Tembici.