João Monteiro – 12.05.2022 – Uso do 4G, no entanto, quase dobrou no último ano, apoiada principalmente na capilaridade do NB-IoT
De acordo com números da consultoria Teleco, as aplicações de Internet das Coisas (IoT) no Brasil ainda usam a rede 2G na maior parte de suas conexões. No entanto, o 3G e o 4G aparecem na sequência, com o último quase dobrando o número de acesso em 2021. Lembrando que, entre as aplicações de IoT, estão considerados os dispositivos POS (máquinas de pagamento com cartão). Os dados foram divulgados por Eduardo Tude, diretor da Teleco, que abriu o evento online IoT 2022 Brasil Summit, realizado hoje (11/5).
Os dados também mostram que os terminais POS, principais responsáveis pelo uso do 2G por dispositivos IoT, estão diminuindo o uso dessas redes legadas (incluindo o 3G) para crescer no 4G. O mercado de POS é importante pois, sozinho, ele é responsável por R$ 682 milhões dos mais de R$ 1 bilhão de receita do mercado total de IoT.
No entanto, o que corre a favor do 4G é a rede NB-IoT, que já chega a 93,7% da população brasileira, facilitando a implementação de aplicações IoT. Junta-se a isso as redes Sigfox e LoRa, que, cada uma, alcança metade da população do Brasil.
Tude, da Teleco, ainda comenta que a isenção de Fistel sobre dispositivos IoT deve promover o desenvolvimento de aplicações do tipo. Além disso, ele prevê que a maior parte dos dispositivos IoT vão ter baixo consumo de dados, com um custo de cerca de US$ 1 por ano, valor que deve ser embutido na venda o dispositivo já com o acesso por determinado número de anos.