Produção da Marcopolo cresce 14% no segundo trimestre

Redação – 08.08.2022 – Produção consolidada do segundo trimestre de 2022 foi de 3.395 unidades, crescimento de 14,2% em relação ao 2T21  A Marcopolo registrou avanço da produção no segundo trimestre, com a fabricação de 3.395 ônibus, volume 14,2% superior ao mesmo período de 2021. O destaque são os modelos urbanos, que registraram 23% de crescimento […]

Por Redação

em 8 de Agosto de 2022
Foto: reprodução site Marcopolo.
Redação – 08.08.2022 – Produção consolidada do segundo trimestre de 2022 foi de 3.395 unidades, crescimento de 14,2% em relação ao 2T21 

A Marcopolo registrou avanço da produção no segundo trimestre, com a fabricação de 3.395 ônibus, volume 14,2% superior ao mesmo período de 2021. O destaque são os modelos urbanos, que registraram 23% de crescimento no período e responderam por 1.774 do total. As entregas para o programa Caminho da Escola também favoreceram este cenário. 

No segundo trimestre, a Marcopolo produziu 2.812 unidades no Brasil e 583 no exterior, aumento de 13,3% e 19%, respectivamente, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A ampliação da produção fez com que a participação de mercado da companhia chegasse aos 53,5% no período. 

Além disso, as vendas de modelos rodoviários pesados representaram cerca de 50% dos volumes entregues para o mercado nacional no segmento, enquanto no segundo trimestre de 2021, o total foi de 12%. Também se destacou no período a exportação de rodoviários para fretamento. 

Resultado financeiro 

O aumento de produção refletiu no crescimento da receita líquida da Marcopolo, que chegou a R$ 1,151 bilhão, um incremento de 39,8% no ano a ano. Desse total, R$ 639,9 milhões (55,6%) estão relacionados aos negócios realizados no mercado nacional, enquanto R$ 511,9 milhões (44,4%) são referentes ao mercado externo. O lucro bruto foi de R$ 131,3 milhões, com margem de 11,4%, contra R$ 60,5 milhões, margem de 7,4%, no 2T21. 

Em contrapartida, a variação cambial gerada pela desvalorização do real frente ao dólar norte-americano sobre a carteira de pedidos em dólares provocou um impacto financeiro negativo para a companhia. A Marcopolo apresentou resultado financeiro líquido negativo em R$ 39,9 milhões no segundo trimestre deste ano. O cenário provocou reflexo também no lucro líquido consolidado, que foi de R$ 26,8 milhões, com margem de 2,3%. 

Já o EBITDA foi de R$ 51,6 milhões no período, com margem de 4,5%, versus um EBITDA de R$ 140,5 milhões e margem de 17,1% no segundo trimestre de 2021. Ao desconsiderar os efeitos positivos das ações judiciais tributárias que beneficiaram os resultados em 2021, o resultado teria sido de R$ 41,5 milhões negativos e margem de -5% no período do ano passado. 

Com relação à marca de micro-ônibus Volare da Marcopolo, a produção somou 975 veículos no segundo trimestre, contra 875 no mesmo período de 2021. A receita líquida foi de R$ 290,9 milhões diante dos R$ 199,6 milhões. 

Retomada das operações internacionais 

Assim como no mercado brasileiro, a atuação da Marcopolo no exterior apresenta sinais graduais de retomada. A receita operacional líquida da companhia no mercado externo foi de R$ 341,1 milhões, variação positiva de 57,7% em comparação ao segundo trimestre do ano passado. 

A retomada do turismo contribuiu com o fortalecimento das vendas, especialmente com o lançamento da Geração 8 em países da América Latina. Aliado a isso, a desvalorização do real ajudou na manutenção de margens saudáveis no fechamento de novos pedidos. 

Diante do momento, mercados relevantes como o chileno e o argentino intercalam grandes pedidos e dificuldades macroeconômicas, movimento que afeta uma retomada ainda mais consistente. Na Colômbia, a evolução dos resultados está prevista para o segundo semestre de 2022. 

No México, a empresa retomou as vendas de ônibus rodoviários pesados, com a recuperação do turismo e linhas de longa distância, e a Marcopolo Austrália tem vendas garantidas até o início de 2023. Na China, a companhia encontra dificuldades associadas ao lockdowns no país, com limites à produção em função de falta de matérias primas e componentes.