Redação – 19.08.2022 – Estudo da Assespro-PR mostra a evolução dos pedidos de patentes para esse tipo de tecnologia na última década
As empresas de telecom foram os principais depositantes de patentes com software embarcado no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) ao longo da última década. A maioria das soluções são software voltados aos dispositivos móveis e equipamentos de processamentos digitais. Os dados estão no Insight Report da Assespro-PR (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Paraná).
Os dados analisados correspondem aos anos entre 2012 e 2019 e mostram que as aplicações em redes de comunicação sem fio passaram a ser predominantes a partir de 2016. Em 2019, esta aplicação foi incluída em 12% dos 1144 pedidos submetidos ao INPI, seguida por Ttansmissão de informação digital (8%), processamento eletrônico de dados digitais (7%) e processamento de dados adaptados (6%).
Ainda segundo o estudo, a gigante chinesa Huawei foi a principal depositante, com 117 pedidos em 2018 e 2019. Em segundo lugar veio a Guangdong Oppo Mobile Telecommunications Ltd., também chinesa, com 40 e 31 pedidos de patentes, respectivamente, seguida pela Sony (Japão), Qualcomm (EUA) e Ericsson (Suécia), todas também do ramo de telecom.
Destaques por região e setor
Do total de 1.114 pedidos de depósitos, a divisão entre pedidos de residentes (Brasil) e não residentes ficou na proporção de 30% e 70%, com 345 pedidos de brasileiros e 799 de estrangeiros.
Em relação ao Brasil, o estado de São Paulo permanece como a principal origem dos depositantes residentes, no período 2012-19, com uma participação de 34% do total de pedidos, em 2019.
Um número que chama a atenção é o crescimento do pedido de registro por Centros de Educação e/ou de Pesquisa, na ordem de 200%. Isto deve-se, principalmente, ao fato da promulgação do Marco Legal da Inovação (Lei 13.243/2016), que passou a estimular o patenteamento da produção tecnológica dessas entidades e a maior interação com o setor produtivo.