Saneamento básico precisa de R$ 308 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos

Redação – 08.09.2022 – Além do compromisso firmado com o Marco do Saneamento, tema está presente no debate eleitoral e anima empresas da construção civil que atuam no setor Segundo uma estimativa da Abcon Sindcon (Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto), o saneamento básico precisa de investimentos […]

Por Redação

em 8 de Setembro de 2022
Redação – 08.09.2022 – Além do compromisso firmado com o Marco do Saneamento, tema está presente no debate eleitoral e anima empresas da construção civil que atuam no setor

Segundo uma estimativa da Abcon Sindcon (Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto), o saneamento básico precisa de investimentos de R$ 308 bilhões nos próximos quatro anos. O valor é o necessário para manter a expectativa de cumprir a meta de universalizar os serviços de água e esgoto no Brasil até 2033. Somente para a expansão dos sistemas de esgoto, serão necessários R$ 175,4 bilhões.

No documento “O início da década de saneamento, a Abcon Sindcon (Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto) revela que 27 milhões de brasileiros precisam ser incluídos no sistema de esgoto nos próximos quatro anos. As obras necessárias para a universalização devem gerar 14 milhões de empregos, segundo o documento.

Os dados animam o setor de construção e a empreiteira Telar já projeta um crescimento no número de contratos e também da concorrência entre as empresas de construção que se dedicam ao saneamento. Segundo o CEO da empresa, Marco Botter, existe uma mudança já sinalizada com o novo marco legal do setor de saneamento para um ambiente de maior concorrência e melhor regulação, trazendo mais investimentos.

“Esse cenário ajuda na contratação e melhoria dos processos. Estamos preparados para essa mudança. Sabemos que a dinâmica será um pouco distinta, já que os procedimentos serão criados do zero pela iniciativa privada”, aponta.

Apesar de historicamente o tema não estar em evidência durante as campanhas eleitorais, tudo indica que este ano será diferente. Os principais colocados nas pesquisas têm falado sobre o tema. O candidato Lula, no item 74 de seu plano de governo, traz a seguinte informação: “garantir a atuação das entidades públicas e das empresas estatais na prestação dos serviços de saneamento básico”.

Já o candidato Bolsonaro defende que “o governo deverá aprofundar a concessão de serviços públicos, muito devido ao sucesso do novo marco legal do saneamento”. Ciro Gomes defende a união entre poder público e empresas privadas: “é preciso que a responsabilidade por garantir a harmonia do sistema de saneamento e abastecimento de água seja do estado, mas a execução, o estado pode perfeitamente delegar se for possível, além de uma regulação forte.”