Redação – 12.05.2023 – Segundo SecurityGen, a manutenção de redes legadas (2G/3G) abre brechas para o aumento de ataques via roaming internacional
A manutenção de redes legadas, como o 2G e o 3G, abrem brechas para ataques visando a infraestrutura móvel das operadoras brasileiras, diz a SecurityGen, fornecedora de segurança para o mercado de telecom. Segundo ela, é possível que ocorram fraudes relacionadas ao roaming internacional devido aos protocolos legados (SS7, Diameter, GTP), alvo de mais de 80% das ocorrências registradas internamente.
De acordo com a empresa, os ataques em roaming internacional resultam em rastreamentos indevidos e são potencializados por uma combinação de fatores, principalmente limitações de protocolo, atualizações de software e alterações na arquitetura de roaming. A empresa aponta que são realizadas cerca de 1 mil mudanças em arquiteturas globalmente a cada mês, o que afeta, em maior ou menor proporção, os usuários do mundo inteiro. As operadoras acabam levando entre cinco a dez dias para se adaptarem, o que as deixam vulneráveis a ataques neste período.
Soma-se aos desafios brasileiros a vasta extensão do País e o fato de ser destino de um grande contingente de usuários, o que obriga as operadoras a manter as redes 2G e 3G, muito mais vulneráveis, ativas para o atendimento dos assinantes. Desta forma, é preciso adaptar as configurações o tempo todo, com a operação tendo de lidar com uma quantidade enorme de outras conexões.
Essa manutenção de redes legadas acaba servindo também de porta de entrada. Com o 2Gg e o 3G ainda ativos, é possível que hackers consigam acesso a redes mais modernas, incluindo o 5G.