Redação – 20.06.2023 – Só em 2023, 130 tampas de ferro deram lugar a um modelo feito de concreto, mais pesado e que dificulta o furto de cabos
Com o objetivo de coibir o furto de cabos de energia elétrica de sua rede subterrânea, a Enel Distribuição São Paulo desenvolveu um novo modelo de tampa para as câmaras subterrâneas. No lugar das tradicionais tampas de ferro, a empresa está instalando tampas de concreto, mais pesadas e que precisam do auxílio de pequenos guindastes para serem instaladas.
Desde o final do ano passado, quando a iniciativa começou, cerca de 200 tampas já foram trocadas na região Central de São Paulo. A meta é substituir ao todo 900 tampas no centro da capital.
Para a instalação das novas tampas de concreto e para acessar as redes protegidas pelas novas tampas, que são muito mais pesadas, a distribuidora precisa utilizar um caminhão específico para movimentar o material, o que dificulta qualquer tentativa de acesso por pessoas não autorizadas.
Furto de cabos subterrâneos
Apenas entre janeiro e abril de 2023, a empresa contabilizou 3.886 ocorrências de furtos de fios subterrâneos, número 53% maior do que a quantidade de registros do crime feitos no mesmo período de 2022. O ano passado como um todo registrou 14.168 ocorrências desse tipo, um aumento de 121% em relação a 2021.
Para coibir os crimes de furtos de fios e cabos subterrâneos na Grande São Paulo, além da troca atual das tampas, a Enel tem investido em tecnologias de monitoramento de equipamentos, como implantação de alarmes e sensores para que seja possível flagrar a atuação dos criminosos. Nas áreas mais críticas da cidade, a distribuidora também tem reforçado ações de Segurança Patrimonial.
O cobre roubado geralmente é vendido, em sua maioria, a ferros velhos. Para combater também essa outra fase do crime, a Enel SP tem mantido uma parceria com o Poder Público e a Polícia Militar na identificação desses estabelecimentos e tomado as devidas providências.
A concessionária reforça que o furto de cabos é crime com pena de reclusão. Essa prática oferece risco à vida da própria pessoa, prejudica as instalações e equipamentos de distribuição de energia e impacta diretamente o fornecimento de energia para todos os clientes, incluindo hospitais, escolas, grandes empresas e comércio.