Empresa remove 2 milhões de m³ de detritos em barragem com teleoperação de máquinas

João Monteiro – 22.09.2023 – Tecnologia da Sitech permitiu que máquinas fossem operadas a distância para não trazer risco à vida de operadores durante desmonte de barragem  A teleoperação de máquinas e equipamentos é toda operação de equipamento feita a distância de modo a diminuir o risco à vida de operadores em campo. Usada em atividades […]

Por Redação

em 22 de Setembro de 2023
Estação de operação remota (foto: reprodução YouTube/Sobratema).

Estação de operação remota usada para o projeto da barragem (foto: reprodução YouTube/Sobratema).

João Monteiro – 22.09.2023 – Tecnologia da Sitech permitiu que máquinas fossem operadas a distância para não trazer risco à vida de operadores durante desmonte de barragem 

A teleoperação de máquinas e equipamentos é toda operação de equipamento feita a distância de modo a diminuir o risco à vida de operadores em campo. Usada em atividades de mineração, movimentação de materiais radioativos, entre outras operações perigosas, a tecnologia conseguiu retirar 2 milhões de m³ de materiais com equipamentos não tripulados em uma barragem em Belo Horizonte (MG). 

O projeto foi descrito por Francisco Neto, gerente de negócios da Sitech, durante o webinar “O avanço da conectividade nos equipamentos”, promovido ontem (21/9) pela Sobratema. Ele explicou que foi usado o método de estação remota, que é um cockpit com diversas telas e controles para teleoperação (foto acima). Localizado a 20 quilômetros de distância da barragem, o operador precisou usar 120 câmeras com streaming em tempo real para teleoperar os 25 equipamentos em campo. 

O planejamento da infraestrutura para que um projeto como esse dê certo é o maior desafio, segundo Neto, e começou ainda em 2019. Primeiro, teve que ser instalado fibra óptica na barragem para conectar roteadores, além de adaptar a aplicação com sistema de visão para que apresentasse em tela o necessário para teleoperação e de forma que não gerasse atraso, como buffering. 

Os equipamentos usavam o Wi-Fi para se conectar, pois na época do projeto ainda não havia disponibilidade do 5G. “Talvez o 5G atendesse a demanda, mas teríamos que fazer testes antes”, explica. “Em outros casos, como apenas o envio de comando para as máquinas, é possível o uso de redes públicas.” 

A construtora, que não teve o nome revelado, ainda fez o levantamento topográfico da barragem com drones e usou modelagem 3D para criar o projeto a ser embarcado nas máquinas.