Redação – 22.05.2024 – Livia Raggi, especialista em regulação, destaca papel da transição energética como impulsionadora do desenvolvimento social
Durante o XII Seminário de Energia, promovido pelo Sindenergia ontem (21/5) em Cuiabá (MT), a especialista em regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Livia Raggi, defendeu que os custos da transição energética não recaiam sobre os consumidores. “Temos que tomar um cuidado na alocação dos custos, porque também implica investimento. É preciso tomar cuidado para que esses custos não fiquem só na tarifa de energia”, disse.
Para ela, a energia em que ser vetor de crescimento econômico e social do País. “A gente tem uma certa preocupação, é algo que beneficia a sociedade como um todo, mas não pode pesar as tarifas dos consumidores com o menor poder aquisitivo principalmente. Ela não pode ser algo que pese a conta de energia e comprometa esse desenvolvimento.”
Livia enfatizou que, apesar dos desafios inerentes à transição para fontes de energia mais limpas, é possível converter esses obstáculos em novas possibilidades de crescimento. Ela ressaltou a importância de uma transição que beneficie a sociedade como um todo, sem sobrecarregar os consumidores, especialmente aqueles com menor poder aquisitivo.
Papel do BNDES
O BNDES pretende direcionar investimentos e negócios que estejam em consonância com as políticas governamentais e os planos desenvolvidos para essa transição energética. “Nossa meta é viabilizar investimentos que não apenas respeitem o meio ambiente, mas também promovam o crescimento econômico”, disse Santos.
Além disso, o banco busca trazer transparência sobre suas linhas de crédito e produtos, esclarecendo o processo de relacionamento com seus clientes, bem como os procedimentos de crédito e análise de projetos. O objetivo é facilitar o acesso aos recursos necessários para que empresas possam investir em tecnologias e infraestruturas verdes, contribuindo assim para uma economia mais robusta e sustentável.
O BNDES já tem financiado iniciativas em energia e infraestrutura há anos. Foi aplicado R$ 35 bilhões em energia renovável, o primeiro lugar no mundo e financiamento em energia renovável. Também financiou 70% da expansão elétrica de 2000 a 2022, que corresponde a 79 GW.