Campinas vai investir R$ 560 milhões em projeto inovador de controle de enchentes

Redação – 08.07.2024 – Projeto mescla obras tradicionais de controle pluvial, como reservatórios, com a criação de parques lineares para recuperar vegetação de áreas degradadas A cidade de Campinas (SP) vai investir cerca de R$ 560 milhões em um projeto para combater enchentes na região central da cidade, o que inclui as Avenidas Princesa d’Oeste […]

Por Redação

em 8 de Julho de 2024
Av. Princesa D'Oeste, em Campinas, sofre alagamentos com recorrência (foto: Paulo Humberto, CC BY-SA 3.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0>, via Wikimedia Commons).
Redação – 08.07.2024 – Projeto mescla obras tradicionais de controle pluvial, como reservatórios, com a criação de parques lineares para recuperar vegetação de áreas degradadas

A cidade de Campinas (SP) vai investir cerca de R$ 560 milhões em um projeto para combater enchentes na região central da cidade, o que inclui as Avenidas Princesa d’Oeste e Orosimbo Maia, locais que já registraram fatalidades. O projeto conta com iniciativas que mesclam a construção de novos reservatórios com as chamadas soluções baseadas na natureza. A ideia é aliar ações de proteção, manejo e restauro de ecossistemas a benefícios diretos para a população e para a biodiversidade.

Serão criados três parques lineares para recuperar a vegetação das margens dos córregos Oriente, Ribeirão das Pedras 3 e Proença. A mata na margem dos rios também irá contribuir para a macrodrenagem dos reservatórios ao captar águas pluviais. Tais parques preveem ainda benefícios sociais, com a construção de ciclovias, pistas de caminhada, quadra poliesportiva, entre outras estruturas de esporte e lazer para uso da população local.

Como infraestrutura tradicional, serão construídos três reservatórios de águas pluviais, um para cada uma das praças de Esportes Paranapanema, Ralph Stettinger e da Ópera, além de uma galeria de derivação, que irá desviar o escoamento da água do córrego Proença para um dos reservatórios do sistema de drenagem.

Av. Princesa D’Oeste, em Campinas, sofre alagamentos com recorrência (foto: Paulo Humberto, CC BY-SA 3.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0>, via Wikimedia Commons).

Recursos são do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar 90% do projeto, com R$ 503,7 milhões. Do total financiado pelo banco, R$ 80 milhões são do Fundo Clima, na modalidade Cidades Sustentáveis e Mudança do Clima, e R$ 423,7 milhões correspondem à linha BNDES Finem Desenvolvimento Integrado dos Municípios. Os recursos serão usados na primeira etapa da iniciativa, com foco na bacia do Ribeirão Anhumas, especialmente os córregos Serafim e Proença.

O BNDES acredita que o financiamento à Prefeitura de Campinas pode inspirar outras cidades brasileiras a implementar projetos de adaptação climática que combinem melhorias de infraestrutura com a criação de espaços públicos. Também foi destacado o uso dos recursos do Fundo Clima para enfrentar os impactos causados por eventos climáticos extremos, como enchentes.

O Fundo Climaum dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima e se constitui em um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. O programa garante recursos para o apoio a projetos ou estudos e para o financiamento de empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas.