Redação – 16.07.2024 – Aneel autorizou o uso de recursos do Programa de Eficiência Energética para atender necessidades do povo gaúcho
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitiu que as concessionárias de energia elétrica direcionem mais recursos a ações emergenciais de apoio à população afetada pelas inundações no Rio Grande do Sul. A agência atendeu à uma proposta da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) para flexibilizar as regras do Programa de Eficiência Energética (PEE) e liberar recursos do fundo para atender às vítimas das chuvas.
Agora, os recursos do PEE poderão ser usados para o fornecimento de geradores para atendimento emergencial, revitalização de redes e reforma de instalações em hospitais e outros prédios de serviços essenciais. Também será possível direcionar mais recursos para distribuição de equipamentos elétricos como geladeiras às famílias afetadas – iniciativa que atende a um dos objetivos do programa.
Criado em 2000, o PEE visa promover projetos de uso eficiente da energia elétrica em todos os setores da economia, especialmente aqueles direcionados a famílias classificadas como pobres ou extremamente pobres, que prevê a substituição de equipamentos antigos que consomem muito, como geladeiras. Para viabilizar a aplicação do programa, a Aneel conta com a participação de todas as empresas distribuidoras de energia elétrica. Nos últimos dez anos, entre 2013 e 2022, as empresas investiram um total de R$ 3,4 bilhões em projetos de eficiência energética contemplados no programa, uma média de R$ 340 milhões ao ano. Somente em 2022, foram destinados cerca de R$ 500 milhões às ações de eficiência energética via PEE.
“Vivemos uma nova realidade em que eventos climáticos extremos serão cada vez mais frequentes e, como muitos outros setores da economia, precisamos nos adaptar e desenvolver capacidade para darmos respostas mais rápidas à população. A flexibilização das regras do Programa de Eficiência Energética é uma forma eficiente para ajudar quem foi atingido de maneira muito rápida, com recursos que já são direcionados pelas empresas para atender pessoas em situação de fragilidade social”, diz o presidente da Abradee, Marcos Madureira.