A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), concessionária do grupo Aegea Saneamento, vai contratar 144 megawatts (MW) de capacidade do Complexo Solar Janaúba, localizado em Minas Gerais, para abastecer sua operação. A Corsan fechou parceria no modelo de autoprodução por arrendamento com a Elera Renováveis e o fornecimento entra em vigor a partir de janeiro de 2025 e tem validade de 15 anos (até 2039).
O setor de saneamento, tradicionalmente, dependente de um alto consumo energético para o tratamento de água e efluentes e por isso tem intensificado seus esforços em direção à sustentabilidade. Por meio da adoção de fontes renováveis e da otimização de seus processos, empresas do setor buscam reduzir sua pegada de carbono, garantindo um fornecimento de água mais limpo e eficiente para a população, ao mesmo tempo em que contribuem para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Para a Elera, a colaboração com a Corsan representa um passo significativo rumo à sustentabilidade do setor. A empresa defende que adotar fontes renováveis vai otimizar processos e reduzir custos para a empresa de saneamento, o que irá refletir numa melhor prestação de serviço para a população, além de, claro, reduzir a pegada de carbono da Corsan.
A empresa de energia renovável ainda lembra que o modelo de autoprodução contribui diretamente com a redução de gases de efeito estufa. Esta seria uma forma economicamente sustentável de fazer a transição energética, promovendo um mercado mais robusto para as energias renováveis. Além disso, ao incentivar a produção própria de energia, aumenta a diversificação da matriz elétrica e reduz a dependência de fontes não-renováveis.
Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontam que Brasil consumiu mais de 71,3 megawatts médios de energia no primeiro semestre de 2024, volume 6,8% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. De todos os 15 setores monitorados pela Câmara, o de saneamento (40%) foi o mais proeminente no consumo dentro do mercado livre, seguido pelo de serviços (24%) e pelo comércio (23%).
Entre as empresas que já firmaram contratos com a Elera para autoprodução de energia estão a Liasa, do setor de metalurgia; a Iguá, a Águas do Rio e a BRK, de saneamento; a Vivo, de telecomunicações; e outras.