A Galvani Engenharia, que atua na mineração, produção e comercialização de agregados finos, além da comercialização de massa asfáltica, enfrentava dificuldades em sua britagem secundária.
Como a britagem primária é formada por um britador de mandíbulas Metso C140, a discussão sobre a substituição do britador secundário teria que ser minuciosa para não interferir na produtividade das britagens terciárias e quaternárias, atendidas por dois britadores HP400.
Consultoria otimizou operação da planta de britagem de finos
O estudo do fluxo da planta de processamento pela equipe da Metso em conjunto com a Galvani, levou a sugestão de mudança: a transferência do HP400, da britagem quaternária para a secundária e a utilização de um equipamento que o cliente já possuía na posição quaternária. Essa proposição foi feita a partir de análise de campo e da simulação de vários cenários, com uso do software especializado Bruno.
Além de atender à granulometria de produto da britagem primária, a aquisição do britador cônico HP500 para a britagem terciária, incrementou a produção de materiais finos, que hoje tem alta demanda.
“Tivemos uma ótima surpresa na etapa secundária, depois que a Metso melhorou a configuração do revestimento, comm o consequente aumento da cubicidade do produto”, explica Carlos Conte Júnior, gerente de produção da Galvani Engenharia.
De acordo com o profissional, o sucesso da aplicação foi devido à parceria com a Metso, que trouxe segurança para a instalação do HP500 no estágio terciário. O resultado também foi positivo em função da necessidade de entrega de
produtos finos, ou seja, pó, pedrisco e pedra 1.
Os números preliminares da mudança na Galvani Engenharia mostram um aumento de 30% na produção de pedrisco, alinhando a operação da planta à demanda atual de mercado.
Jogo de xadrez na troca de britadores
O processo de escolha da posição do equipamento foi iniciado em parceria com a Metso e indicou a movimentação dos equipamentos existentes, sem nenhuma aquisição inicial.
Na etapa seguinte, o fluxo de produção foi adequado com a compra do HP500, atendendo a demanda de maior produção de finos. Ao mesmo tempo, o HP400 na britagem secundária deu estabilidade à produção e, por meio de automação do HP500, o processo foi aprimorado, tornando-o menos dependente da operação manual.
“Hoje sabemos exatamente como a britagem terciária funciona, pois basta configurar a regulagem correta e ligar o botão de partida”, resume Conte. Ele também destaca a maior confiabilidade e segurança do processo, pois a regulagem da abertura é feita automaticamente. Mesmo assim, prezando pela segurança de seus colaboradores, a Galvani Engenharia mantém um técnico de segurança full time na planta.
Relacionamento, inclusão e sustentabilidade
A parceria com a Metso acontece desde que o fundador da Galvani negociava com a antiga Faço, hoje incorporada à empresa.
“Costumamos adquirir os produtos da marca, pela qualidade apresentada, pela performance dos materiais de desgaste, atendimento técnico e confiança no desempenho”, explica Conte Júnior. Ele destaca ainda o pós-venda, assumido desde o começo a partir da assessoria técnica da Metso.
As políticas de relacionamento com a comunidade, sustentabilidade, inclusão e diversidade também fazem parte da estratégia da empresa e têm sido observadas há mais de 30 anos.
Por ser uma operação urbana, em Paulínia, a Galvani Engenharia tem aplicado tecnologias de supressão de ruídos, na fase de desmonte da rocha, e mantém uma frota de dois caminhões pipa para reduzir o efeito da poeira na planta e no
entorno.
A água usada em várias etapas – como a limpeza das máquinas e a umectação das pilhas de produtos e vias internas – vem do armazenamento da própria água da chuva na cava da mina.
Na área de inclusão, a empresa recentemente contratou sua primeira operadora de escavadeira, uma profissional com experiência anterior na Vale e suas ações de diversidade incluem ainda a contratação de pessoas sem discriminação de gênero, raça e orientação sexual.
Conte Júnior também destaca que o relacionamento com a comunidade é uma regra do grupo, reconhecido pelo trabalho de responsabilidade social e sustentabilidade. A Galvani Fertilizantes, por exemplo, tem o único parque brasileiro de conservação do Cerrado, na Bahia, com criadouro de espécies ameaçadas de extinção.
Em todas as suas operações, a empresa utiliza tecnologias avançadas para mitigar seus impactos.
Além da britagem de finos
Além da planta de britagem, a Galvani Engenharia possui usinas de solo e de asfalto, equipadas com laboratório de ponta para atender as demandas de mercado, que são crescentes na avaliação da empresa.
Com atuação há quase 100 anos, o grupo foi fundado por imigrantes italianos que se especializaram em mineração. Na área de fertilizantes, onde é referência nacional, a companhia também está se aproximando da produção anual de 1 milhão de toneladas/ano.
Em Paulínia, a operação tem mais de meio século, com forte impacto regional. A unidade produz mais de 1 milhão de pedra britada e massa asfáltica por ano.
Entre os clientes, a empresa tem uma gama ampla, que inclui desde construtoras, depósitos de materiais de construção, concreteiras, fábricas de blocos e concessionárias de rodovias. Mesmo operadoras de aeroportos, caso de Viracopos, cuja manutenção das pistas exige massa asfáltica diferenciada, fazem parte da lista.
“Por ser uma empresa focada em desempenho, sem deixar de olhar para a comunidade em que esta inserida, a Galvani se destaca no desenvolvimento de parcerias e na busca de novas tecnologias”, argumenta Maria Musel, líder de vendas Metso. “Essa filosofia pode ser comprovada, por exemplo, no histórico de relacionamento que a empresa mantém com a Metso há vários anos”, finaliza.