Com o leilão da concessão para a gestão da operação, manutenção e exploração dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário da Agespisa – Águas e Esgotos do Piauí, marcado para acontecer hoje (30/10) em São Paulo, o Nordeste terá feito nove concorrências de saneamento básico após o marco legal do setor. Nesse balanço se incluem três certames regionais (dois de Alagoas e um do Ceará) e mais cinco municipais, incluindo os leilões de Crato e Xique-Xique.
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Os oito leilões de saneamento do Nordeste no pós-marco já definiram R$ 12,7 bilhões de investimentos comprometidos, o que anima construtoras dedicadas ao setor. Só o leilão do Piauí deve gerar R$ 8,6 bilhões em investimentos e atender 222 municípios, em um prazo de 35 anos. Para 2025, são aguardados outros leilões de saneamento importantes no Nordeste, como os de Pernambuco e o da Paraíba.
A Telar Engenharia é uma das construtoras de olho nos leilões de saneamento e já atua no Ceará com obras importantes, inclusive promovendo redução de perdas no sistema, um dos gargalos que explica a grande deficiência do abastecimento de água no Brasil.
Segundo o CEO da Telar Engenharia, Marco Botter, a Região Nordeste figura como a segunda pior do Brasil nos quesitos atendimento com água potável, coleta e tratamento de esgotos. Por essa razão, são boas as notícias dos futuros investimentos a serem realizados com a privatização dos serviços.
Atuação da construtora em saneamento se concentra na perda de águas
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS_, a média de perdas na distribuição de água no Brasil é de 40%. Países como o Japão chegam a desperdiçar menos de 10% da água produzida, o que dimensiona o potencial para a redução no mercado interno.
Além da atuação na redução de perdas no sistema de abastecimento do Ceará, a Telar Engenharia atua no estado com obras para a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), totalizando investimentos de R$ 150 milhões. Em Juazeiro do Norte, as ações estão voltadas para a ampliação do sistema adutor de água, enquanto em Fortaleza, o foco é a expansão do sistema de esgotamento sanitário, contribuindo para o compromisso estadual de universalização dos serviços de água e esgoto até 2033, conforme o marco legal do saneamento.