Os limites de intercâmbio de energia no subsistema Nordeste em direção ao Sudeste/Centro-Oeste e ao Norte foram ampliados em outubro, aumentando assim o aproveitamento da geração eólica e solar e, consequentemente, reduzindo as restrições de geração dessas fontes. No primeiro caso, no sentido Nordeste-Sudeste/Centro-Oeste, o acréscimo será de cerca de 12%, com os índices saindo dos atuais 11.600 MW para 13.000 MW.
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Já a carga exportada do Nordeste para o Norte poderá ser aumentada em quase 30%, avançando do patamar de 4.800 MW para 6.200 MW. Na prática, esses acréscimos vão representar a ampliação do aproveitamento da produção da energia produzida pelo vento e pelo sol, voltando a volumes de escoamento anteriores à ocorrência de 15 de agosto de 2023, com segurança e confiabilidade.
Aumento da transmissão de energia permitiu intercâmbio
A ampliação do intercâmbio de energia entre as regiões foi viabilizada após ser autorizada a entrada em operação no Sistema Interligado Nacional (SIN) de uma subestação e três novas linhas de transmissão de 500 kV: SE 500/230 kV Pacatuba, LTs Pecém II/Pacatuba C, Fortaleza II/Pacatuba C e Pacatuba/Jaguaruana II C.
O ONS diz que a ampliação das linhas de transmissão está em linha com a estratégia de aumentar a transferência de energia do Nordeste, maior produtor de energia limpa do País, para os demais subsistemas, em particular para o centro de carga que é o Sudeste. Para o órgão, é uma situação na qual todos ganham.
Além dos ativos no Ceará, tem mais um na Bahia previsto para entrar em operação no final deste mês de outubro, ampliando ainda mais a capacidade de escoamento de energia do Nordeste para Sudeste/Centro-Oeste. É a linha de transmissão em 500 kV Olindina – Sapeaçu, passando os limites de transmissão dos atuais 13.000 MW para 13.800 MW.
Todos os empreendimentos que entraram em atividade compuseram o Lote 03 e Lote 07 do Leilão de Transmissão nº 02 de 2018.
Melhoria dos processos
A ampliação do escoamento de energia entre as regiões que compõem o sistema de transmissão é uma importante medida para a minimização das restrições de geração. As novas linhas de transmissão são uma etapa a mais no equacionamento dessa questão, assim como a revisão da metodologia para definição dos cortes, anunciada pelo ONS em setembro.
Desde então, as decisões de restrição não se baseiam apenas no fator de sensibilidade – o impacto daquela restrição na redução de carregamento no ativo de transmissão (linhas de transmissão e/ou transformadores) sob análise na região, com o Operador considerando também um conjunto maior de geradores agrupados em função do impacto semelhante no fluxo de potência que precisa ser controlado.