Em evento na Embaixada Brasileira em Londres, no último dia 30 de outubro, Jorge Sant´Anna, CEO da BMG Seguros, defendeu a necessidade das parcerias internacionais com resseguradoras para aumentar a capacidade do mercado brasileiro para suportar a demanda de seguros-garantia para o Novo PAC, programa governamental lançado em 2023 com um orçamento de R$ 1,7 trilhão, que visa impulsionar o desenvolvimento em áreas essenciais do país.
O executivo participou do Brazil – UK Insurance Forum – Cooperation on Climate change, innovation and infrastructure, uma iniciativa da CNseg, em parceria com a Association of British Insure. Sant´Anna foi um dos speakers do painel “Oportunidades de Investimento em Infraestrutura Brasileira” e disse que o principal objetivo do encontro foi dar transparência para o mercado internacional sobre o PAC e despertar o interesse dos resseguradores para aumentar o apoio às demandas do programa.
Ele explicou que a intenção é de que o mercado internacional de resseguros entenda que ele é um componente importante para o crescimento do país e, mediante as exigências da legislação, o seguro garantia se revela como uma opção bastante atraente. Porém hoje, no Brasil, Sant’Anna diz que têm poucas seguradoras preparadas para fazer o step-in – disposição contratual que permite à seguradora ou à parte garantidora (beneficiário) assumir a execução de um contrato garantido, caso o tomador (a parte garantida) não consiga cumprir suas obrigações contratuais do seguro-garantia.
Evento foi oportunidade para resseguradoras e PAC
“Pela primeira vez, participamos de um evento onde o governo endossou que precisamos dessa capacidade. Foi um momento de apresentar o PAC e convencer o ressegurador internacional sobre as possibilidades que oferecemos em relação ao seguro-garantia”, conclui o executivo.
Para Sant´Anna, o cenário atual foi gerado por uma série de adversidades nos últimos anos, como as crises do agronegócio e do setor varejista, assim como as mudanças climáticas que tornaram o resseguro mais caro.
“Porém, acreditamos que o mercado brasileiro pode ampliar sua capacidade internacional de resseguros mediante um esforço coordenado entre o Governo e a iniciativa privada”, finaliza Sant´Anna.