Startup foca na descarbonização do cimento

Carbonaide destaca o desafio da construção civil para descarbonização do cimento e aposta na medição para resolver parte dos problemas

Por Redação

em 17 de Dezembro de 2024

A startup Carbonaide, com sede na Finlândia, tem trabalhado na descarbonização do cimento para transformá-lo em uma importante fonte de emissões em um armazenamento de carbono. O objetivo é usar tecnologia de ponta não só para reduzir as emissões de carbono do concreto, mas que também que permita ao insumo armazenar mais CO2 do que emite ao longo da sua vida útil.

Apenas a indústria de cimento emite 8% do CO2 global, principalmente sob a forma de emissões provenientes do fabrico padrão de cimento Portland, o mais utilizado na construção civil. Uma única tonelada de cimento Portland gera espantosos 800 a 900 quilogramas de emissões de CO2. Até a ONU chegou a exigir que as emissões da indústria do cimento fossem reduzidas em 16% ao longo de dez anos, uma vez que as emissões do cimento por si só já comprometem todo o Acordo de Paris de 2015 para manter o aquecimento global abaixo dos dois graus.

A Carbonaide oferece a tecnologia de carbonização mais eficaz e robusta para fabricantes de concreto pré-moldado, atuando tanto na cura com carbono quanto em cadeias de valor sustentáveis de dióxido de carbono. Segundo a empresa, com essa tecnologia, um fabricante de concreto pode reduzir o consumo de cimento na produção diária e também reduzir a pegada de carbono de seus produtos através da mineralização de CO2 no concreto.

Tecnologia para descarbonização do cimento

A inovação da Carbonaide veio através das ferramentas avançadas de medição da Vaisala. A startup diz que sua vantagem é medir e controlar com precisão o processo de cura de carbono, concentrando-se nos níveis de CO2. Segundo a Carbonaide, a descarbonização pode ser verificada de forma eficiente e precisa a partir de medições de processo, sem a necessidade de amostragem constante de produtos de concreto.

Esse foi um dos primeiros desafios que enfrentou, pois a startup explica que o CO2 é geralmente medido em níveis de ppm ou para fins de segurança ocupacional, enquanto o espectro de necessidades da construção civil é muito amplo. Com uma medição melhor, a empresa consegue garantir melhores índices.

Quanto aos planos da Carbonaide, em parceria com a tecnologia da Vaisala, o objetivo é capturar 500 milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2050.