“Aumento do preço do aço reduz competitividade da indústria”, defende Abimaq

Da Redação – 18.04.2016 –

Entidade avalia riscos para o setor de máquinas e equipamentos, tendo em vista que a matéria prima é responsável por grande parte do custo de produção.

No último mês, as principais siderúrgicas nacionais anunciaram o reajuste do preço do aço. Foi o caso da Usiminas, confirmando aumento na ordem de 11% a partir de abril para os produtos destinados ao setor de distribuição. Para a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) esse custo representa um risco ao parque produtivo que ela representa e que inclui cerca de 7,8 mil empresas.

“A medida prejudica ainda mais a competitividade da indústria brasileira”, publicou a Abimaq em comunicado à imprensa. O posicionamento da entidade é de que um aumento nos preços do aço comprometeria a capacidade econômico-financeira e operacional das empresas do setor, podendo causar aumento da inflação com impacto no custo das construções de residências, eletrodomésticos, automóveis, entre outros produtos.

Carlos Pastoriza, presidente do conselho administrativo da entidade, destacou que todos os elos da cadeia de produção precisam agir no sentido de garantir a continuidade do parque fabril no Brasil. “Não podemos perder de vista que, enquanto a indústria do aço emprega cerca de 100 mil pessoas no país, as indústrias que consomem o produto mantêm mais de 5 milhões de postos de trabalho”, diz.