Analytics pode determinar quem fica e quem sai também na área de infraestrutura

Da Redação – 21.07.2016 – 

Segundo especialistas da SAS, gerenciamento de dados e inteligência de negócios serão fundamentais num mundo onde somente o ecossistema de internet das coisas (IoT) terá 50 bilhões de dispositivos conectados em 2020.

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Rodrigo Africani, especialista em Data Management do SAS América Latina

O atual dilúvio digital de dados que faz parte do nosso dia a dia só tende a ser incrementado. Além dos bilhões de dispositivos que são conectados via IoT, as redes de telecomunicações estão sobrecarregadas com o tráfego comum de smartphones e outros aparelhos. Para a SAS, quem não tiver a habilidade de fazer o que a empresa chama de Análise das Coisas (AoT) vai ficar no meio do caminho. E a ameaça diz respeito também ao universo de infraestrutura, incluindo aí as concessionárias de serviços públicos, empresas de engenharia envolvidas em grandes projetos e outros mais.

Rodrigo Africani, especialista em Data Management do SAS América Latina, é um dos profissionais envolvidos com o desenvolvimento desse mercado na região. Embora grandes projetos de uso de plataformas da SAS na área de utilities estejam acontecendo nos Estados Unidos, ele acredita que as iniciativas locais devem acontecer em prazo curto, começando por segmentos mais amadurecidos como os da área de energia, em especial projetos que envolvam mecanismos de smart grid ou rede inteligente.

A pressão de uso de Analytics não se restringe ao cada vez maior volume de dados gerados, segundo ele, mas também ao aparecimento de servidores mais simples e de menor custo, usados para processar o dilúvio digital. Mas, processar não é o limite, uma vez que é necessário interpretar o que está sendo gerado, inclusive a corrente em tempo real, para intervir. É o caso das operadoras de telecomunicações que podem analisar os padrões de tráfego e evitar falhas na rede. Ou as concessionárias de distribuição de energia que podem dar respostas rápidas a seus clientes em casos de incidentes que paralisam o fornecimento de serviços.

Africani vê duas participações ativas da SAS no gerenciamento de dados e na inteligência de negócios: criando adaptadores para captar e gerir o grande volume de informações ou aplicar soluções prontas. O primeiro caso envolve o desenvolvimento, por exemplo, de probes que ajudam a identificar os dados prioritários e auxiliam no processo de “mastiga-los”. No segundo exemplo, modelos de combate a fraudes já usados por outros clientes no exterior podem ser adaptados aos casos locais. Mesmo assim, os modelos são adaptados às condições locais.

A internet das coisas (IoT) também contribui fortemente no processo, de acordo com o executivo. A SAS, segundo ele, tem cases mundiais, incluindo a de plataformas de petróleo, onde informações sobre perfuração, bombeamento e outras atividades são processadas em tempo real, permitindo que as petroleiras atuem antes da ocorrência de algum problema. “Os novos mercados exigem novas ideias”, resume Africani.