Angra 3: se avançar, usina só fica pronta em 2023

Da Redação – 31.03.2017 –

Retomada das obras depende do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e será tomada em abril

Segundo a Eletrobras, as obras paralisadas da usina nuclear de Angra 3 poderão ser reiniciadas se o CNPE decidir pelo avanço das obras. De acordo com a empresa, 63% do projeto já foi executado, com investimentos de R$ 10 bilhões. Mesmo se aprovada a retomada, a usina não entra em operação antes de 2023. O prazo é estimado em função da conclusão das obras, que demandariam quatro anos, e do cronograma de mais um ano e meio para a instalação dos equipamentos.

As obras da usina foram paralisadas com o envolvimento de empreiteiras na Operação Lava Jato e denúncias de lavagem de dinheiro. Para reiniciar a construção, será necessária uma nova licitação, etapa que deve ser decidida pelo CNPE. Embora já se saiba o que foi investido, a Eletrobras ainda não divulgou o valor – em estudo por consultorias – do que precisará ser aplicado para finalizar a usina.

Além de Angra, a estatal mexe em outros projetos, dois deles considerados desinvestimentos para levantar capital: a venda da participação em 110 empresas de projetos específicos (SPEs), cujo valor não foi detalhado, e a venda de imóveis, operação essa que movimentaria R$ 200 milhões.