Aquaviário responde por 11% do transporte de cargas no Brasil

Redação, com Antaq – 04.06.2020 –

Pesquisa da Antaq mapeou participação do modal durante todo o ano de 2018 e indica principais vias de escoamento

O transporte aquaviário é responsável por 11% da movimentação de cargas no Brasil de acordo com uma pesquisa que acaba de ser divulgada pela Antaq, a agência que regula o setor. O levantamento atualiza a estimativa da demanda de transporte aquaviário de cargas, expressa pelos indicadores de tonelada útil (T) e tonelada quilômetro útil (TKU). A pesquisa envolveu os corredores hidroviários brasileiros dos rios Solimões-Amazonas, Madeira, Tocantins-Araguaia, Paraguai, Paraná-Tietê, São Francisco e Hidrovia do Sul, e nas principais rotas ao longo da costa, individualizada pelos principais pares de origem e destino da navegação interior de percurso longitudinal e de cabotagem.

O indicador TKU é um dos principais parâmetros da operação dos modos de transporte. Ele reflete o efeito combinado da carga efetivamente transportada, cujo peso é medido em toneladas e da distância percorrida durante o transporte, medida em quilômetros. Assim, a unidade em que é medido o TKU representa o deslocamento de uma tonelada de carga sobre a distância de um quilômetro.

Além de medir a produção de um determinado modo de transporte, o indicador TKU permite a comparação entre modais, definindo a participação de cada um na matriz de transportes brasileira. Nesse sentido, o estudo estimou a distribuição modal do país, tendo identificado a participação de 11% do transporte aquaviário no transporte de cargas em 2018.

De acordo com o superintendente de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade, José Renato Fialho, é a primeira vez que a Antaq faz um esforço no sentido de estimar a matriz de transportes brasileira, contando com dados da Empresa de Planejamento e Logística – EPL, do Plano Nacional de Logística Integrada – PNLI, da Agência Nacional de Transportes Terrestres e da própria agência.”

O superintendente destaca que é necessário e urgente a instituição de medidas que mudem esse cenário, tais como o desenvolvimento do modelo de concessão de hidrovias e a chamada BR do Mar, ambos em gestação no Ministério da Infraestrutura. O resultado mostra que a utilização do modo aquaviário para o transporte de cargas no Brasil está estagnada há muitos anos no país.