Artigo: Trate os dados como recursos essenciais na estratégia de crescimento das empresas

Augusto Borella* – 27.01.2023 – Os dados (que algumas vezes por abuso de linguagem chamamos popularmente de informações) são cada vez mais importantes no mercado e se tornaram peça fundamental para orientar a tomada de decisão e o planejamento de empresas, independentemente do seu segmento. Entender os dados como um ativo estratégico é uma evolução […]

Por Redação

em 27 de Janeiro de 2023

Augusto Borella* – 27.01.2023 –

Os dados (que algumas vezes por abuso de linguagem chamamos popularmente de informações) são cada vez mais importantes no mercado e se tornaram peça fundamental para orientar a tomada de decisão e o planejamento de empresas, independentemente do seu segmento. Entender os dados como um ativo estratégico é uma evolução natural e, a partir dessa compreensão, líderes conseguirão avançar em seus planos, otimizar as decisões e ações comerciais, conquistar novas oportunidades e, consequentemente, aperfeiçoar os resultados de negócios transformando sua forma de operar. Antes de cada decisão importante, os dados podem ser verdadeiros conselheiros para prover poderosos e valiosos insights.

O fato é que, hoje, as organizações já percebem o potencial de uma estratégia baseada neles. O que falta, muitas vezes, é o gestor saber como desenvolver uma abordagem que faça sentido para sua empresa e implementar uma cultura data driven (orientada pelos dados, em português). É estratégico modelar o conhecimento e automatizar sua aplicação sistemática. As corporações não se satisfazem apenas com conhecimento; elas precisam de resultado de negócio e gerar prosperidade para os stakeholders. Para isso, as empresas precisam internalizar e modelar esse aprendizado, para que, assim, vire uma inteligência estratégica e gere resultados de negócio consistentes e escaláveis em toda sua operação.

Os modelos de Machine Learning e Inteligência Artificial potencializaram muito a capacidade de automatizar toda a cadeia. Eles permitem alguns saltos – dependendo do problema, modelos e disponibilidade de dados – com a possibilidade de pular do dado direto para aplicação sistemática do resultado de negócio.

Há, ainda, muitos líderes que acreditam que a tomada de decisão estratégica, com base em informações concretas, não faz tanta diferença nos resultados e não é tão importante quanto outros fatores mais subjetivos. No entanto, a partir de uma estratégia de data analytics assertiva, é possível aumentar a produtividade da operação, reduzir custos, otimizar processos, melhorar a experiência do usuário e identificar insights acionáveis, entre outros benefícios. Uma boa estratégia facilita a compreensão de como competir em seu mercado, ter eficiência operacional e, principalmente, criar vantagem competitiva para garantir seu diferencial no mercado.

Assim, contar com informações concretas e confiáveis já não pode mais ser encarado como um diferencial competitivo, mas como um processo vital para a atuação e sobrevivência no mercado. Com a transformação digital se tornando realidade (antes era apenas uma tendência), o uso de dados tornou-se essencial no dia a dia.

Nesse sentido, devemos ter muito cuidado com o armazenamento dessas informações, bem como com as devidas políticas para garantir a segurança desses ativos. Como são tão valiosos, é fundamental protegê-los. É preciso adotar um controle restrito dessas informações, desde a coleta até o momento final de utilização, incluindo o mapeamento e organização de acordo com o propósito, com quem usa, entre outros fatores.

Olhando para o fluxo corporativo atual, as organizações precisam usar os dados de forma preditiva e prescritiva, com recomendações de decisões e ações. Nas empresas, quem está olhando para o passado ou para o momento, já está para trás. O mesmo acontece com quem apenas descreve o que aconteceu. Como reconhecemos que ninguém nasce “alfabetizado”, é necessário o investimento em esforços e capacitações para ensinar todos da organização a interpretar e usar os dados adequadamente em suas atividades diárias.

*Augusto Borella é diretor de produtos da Viasat.