Big Brother do bem é destaque em Santa Catarina

Da redação – 10.06.2016 –

Congresso de cidades digitais, que começou ontem em Florianópolis, destaca o uso de câmeras em infraestrutura urbana.

O uso do monitoramento em vídeo é um dos temas da primeira edição do congresso de cidades inteligentes em Santa Catarina. As aplicações, segundo a integradora ENW, não estão mais limitadas ao monitoramento de situações extremas como inundações ou gerenciamento de segurança. “Também há recursos que permitem a identificação de placas de carros, para saber se estão em situação regular ou não, e até os que identificam estacionamento proibido e tráfego de veículos privados em áreas destinadas ao transporte público”, explica o presidente da empresa Amilton de Lucca.

Segundo ele, em tempos de orçamento apertado, a solução embarcada na rede de câmeras também pode aumentar a arrecadação dos municípios. Explicando: existem câmeras, caso dos modelos OCR, cujo sistema analítico permite a leitura de placas de veículos e que pode ser integrado aos Detrans. A inteligência dos equipamentos viabiliza ainda a consulta e reconhece automaticamente se a situação do carro está regular.

“A fiscalização fica por conta da tecnologia, cabendo às autoridades o trabalho de abordar os condutores. A solução também evita que os contribuintes em dia sejam parados nas blitz”, argumenta Amilton. No caso de irregularidade, as câmeras enviam foto, apontando o problema para as autoridades.

No rol de infrações captadas, a experiência da ENW indica que as mais comuns envolvem desobediência à faixa especial, destinada exclusivamente a ônibus e rodízios; parada em faixa de pedestres; estacionamento irregular; uso de celulares no trânsito; excesso de passageiros nos carros, desobediência à obrigatoriedade do uso de capacete por motociclistas e cinto de segurança por condutores e passageiros de veículos leves.

As câmeras ajudam também na segurança das cidades. Em Manaus, por exemplo, os índices de criminalidade nos locais monitorados tiveram queda de cerca de 70%, observa de Lucca. Além da capital do Amazonas, a rede de câmeras com o chamado sistema Apolo (câmeras conectadas a uma central de gerenciamento de imagens) está presente nas cidades de Maceió, São Paulo, Valinhos, entre outros municípios.