Biogás e biometano ganham espaço em SP

Da Redação – 09.03.2017 –

Comitê gestor, criado nessa semana, define percentuais de biogás e biometano na matriz energética paulista. Estado é o maior consumidor de gás natural do país, rede onde os biocombustíveis serão injetados

A Secretaria de Energia e Mineração instalou o Comitê Gestor do Programa Paulista de Biogás, que tem a meta de discutir as políticas públicas voltadas para a ampliação do biogás e do biometano na matriz energética do estado. Entre as ações estão a especificação do percentual de biometano que deve ser injetado na rede de gás natural canalizado em São Paulo, que faz parte do Programa Paulista de Biogás.

A ação também está prevista no PPE – Plano Paulista de Energia, que estabelece políticas públicas capazes de estimular o crescimento econômico com um uso menos intensivo de energia, por meio da eficiência energética, da ampliação do uso de energias renováveis e da substituição de insumos fósseis por fontes menos impactantes ao meio ambiente.

“A ampliação do uso do biometano na distribuição de gás natural canalizado, além de aproveitar como insumo um resíduo do processo do setor sucroenergético, ainda dá boa destinação à vinhaça, que antes era considerada um grande problema”, resume João Carlos Meirelles, secretário de Energia e Mineração do Estado de São Paulo. “Ganha o setor energético e ganha o meio ambiente”, diz ele.

Só para lembrar: São Paulo é o maior consumidor nacional de gás natural, utilizando anualmente cerca de 6 bilhões de metros cúbicos, sendo que a indústria paulista consome cerca de 75% desse valor. O estado está dividido em três áreas de concessão de distribuição de gás canalizado, sendo atendido pelas empresas Comgás, Gás Brasiliano e Gás Natural Fenosa.

São Paulo conta ainda com uma rede de gasodutos, que trazem o gás natural da Bolívia e da Bacia Santos para o consumo local e também para o transporte desse gás para o sul do país, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Adicionalmente, há a instalação de uma planta com capacidade de produzir 5 milhões de metros cúbicos de biometano, por meio da purificação do biogás gerado a partir da vinhaça. Esse empreendimento é uma parceria entre a Usina Malosso e a Gas Brasiliano, onde serão investidos R$ 16 milhões.