BNDES melhora condições de financiamento para infraestrutura

Da redação – 08.03.2016 – 

Entre as ações do banco, anunciadas ontem, estão a redução do custo final, com ajustes nas taxas e nos níveis de participação da instituição nos projetos da área.

O BNDES voltou à cena na área de infraestrutura, com alguns ajustes anunciados nessa segunda-feira. Resumidamente, a instituição ajustou suas taxas para baixo e aumentou o nível de participação em projetos, incluindo os já listados no chamado Programa de Investimento em Logística (PIL) da segunda fase. Os ajustes têm como meta reforçar o apoio a esses empreendimentos.

As condições dos financiamentos a rodovias, portos e aeroportos foram melhoradas. Os financiamentos do BNDES a projetos de concessão de rodovias (no primeiro ciclo de investimentos) e de portos, por exemplo, contarão com participação de até 49% em TJLP na composição total do crédito (que inclui também parcela em condições de mercado). A condição de financiamento do BNDES poderá ser ainda melhorada por meio da emissão de debêntures de infraestrutura. Se for adotada pelo menos 10% de debêntures, a participação em TJLP no financiamento total para esses modais crescerá na mesma proporção, para até 59%.

Além da participação máxima nos financiamentos, o banco ampliou a parcela de TJLP (a Taxa de Juros de Longo Prazo, atualmente em 7,5% ao ano) das linhas que contam com custo misto (TJLP/custo de mercado). As novas medidas representam uma redução efetiva do custo para o tomador do financiamento de até 2 pontos percentuais e vão na direção do estímulo ao investimento.

De acordo com o BNDES a manutenção de estímulo à emissão de debêntures acontece para complementar as fontes de recursos de um projeto e estimular o mercado de capitais. Quando houver emissão desse tipo de papel – como parte da estrutura de suporte financeiro de um projeto – a parcela em TJLP será maior para o tomador de empréstimo. Segundo a instituição, as novas regras já incidirão sobre os projetos de concessão da segunda etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL 2).