Campinas recebe R$ 340 milhões para projeto de BRT

Da Redação – 05.10.2015 –

Valor faz parte dos R$ 540 milhões para construção de dois corredores de ônibus 

O governo federal, por meio do Ministério das Cidades, autorizou a liberação de R$ 340 mi­lhões dos R$ 540 milhões para o projeto do BRT, em Campinas (SP). A prefeitura local irá executar o projeto em duas fases, ao priorizar a implantação do corredor Campo Grande, a estação de transferência Campos Elí­seos e a perimetral que ligará este corredor à estação. Os restantes R$ 200 milhões serão objeto de uma nova carta consulta para financiamento junto à linha de crédito Pró-Transporte.

O Corredor Ou­ro Verde ficará para a segunda fase que terá audiência para licitação do pro­jeto executivo e obra. A opção pelo Campo Gran­de deve-se à neces­sidade de dotar aquela região de um transporte públi­co de média capacidade. São 17,8 km de extensão saindo do Centro, seguindo pelo lei­to desativado do antigo VLT, John Boyd Dunlop e chegan­do ao Terminal Itajaí. Junto com ele, será construída uma perimetral com 4 km de exten­são, ligando a Vila Aurocan até Campos Elíseos, seguin­do pelo leito desativado do VLT.

A Caixa Econômica Federal já aprovou o projeto básico custos que elevou de R$ 340 milhões para R$ 540 milhões os custos de implantação do projeto. O encarecimento ocorreu por três motivos: o primeiro é que o orçamento anterior havia sido feito em ci­ma de estimativa de custo e não de projeto; o segundo é que a necessidade de obras de arte (pontes, viadutos) foi su­perior ao estimado inicialmen­te e o terceiro foi que a prefei­tura resolveu aplicar outra téc­nica de pavimento no corre­dor, com piso rígido de con­creto em toda a extensão.

Falta de recurso muda projeto inicial 

A curto prazo, não haverá dinheiro para os dois corredores. Então, mudanças fa­rão com que os BRTs tenham uma única chegada à área cen­tral — virão pela avenida John Boyd Dunlop, pelo leito desati­vado do extinto VLT, passarão pelo Terminal Ramos de Aze­vedo e chegarão à estação de transferência na região do Mercado Municipal.

Campinas tenta implementar os corredores de BRT desde 2001. Ela enviou os projetos ao Ministério das Cidades dentro do PAC da Mobilidade Grandes Cidades. A cidade desistiu de adotar um veiculo leve sobre pneus (VLP) porque o custo elevado do projeto não conseguiu a adesão do empresariado do setor de transportes, a quem caberia a aquisição dos veículos.

A prefeitura decidiu fazer os corredores Campo Grande e Ouro Verde para biarticulados, construir interligações entre os corredores, reformar e construir mais uma faixa de trânsito no Viaduto Cury e implantar uma nova avenida, com corredor de ônibus, no antigo leito da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro ligando a Rodovia D. Pedro ao Guanabara.