Cedae usa internet das coisas para monitorar qualidade da água no RJ

Da redação – 22.03.2016 – 

Sete estações que fazem a coleta remota e online estarão ativadas até maio, focadas nos principais locais de eventos das Olimpíadas. Depois do evento, eles devem ser adotados permanentemente pela empresa. 

A concessionária, responsável pelo atendimento de 8,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, vai monitorar a qualidade da água em sete pontos diretamente envolvidos com as Olimpíadas desse ano. Na verdade boa parte deles já é monitorado via sistemas tradicionais de coleta de amostras. A diferença, nesse caso é que a Cedae está utilizando o conceito de internet das coisas (IoT) para a coleta e envio de parâmetros que definem a potabilidade da água.

Com a adoção da tecnologia, desenvolvida pela multinacional americana Hexis Científica, a Cedae passa a capturar o status de sete parâmetros de qualidade de água via equipamentos especializados. Entre os dados coletados estão o pH, turbidez e a quantidade de cloro e de flúor presentes. Já o envio dos dados acontece via mensagens de texto, uma vez que as informações são armazenadas na estação e remetidas via rede de telefonia móvel (GPRS).

Para evitar falhas no envio de informações, a Cedae adotou dois chips, mas de operadoras diferentes, mantendo o monitoramento 24 horas e online (a cada segundo) em sete pontos da capital: Vila dos Atletas, Parque Olímpico, Maracanã, Engenhão, Deodoro (as duas instalações), reservatório do Outeiro (Barra da Tijuca), Zona Sul (sistema integrado) e Sambódromo.

Apesar de já ter usado o monitoramento remoto via rede de telefonia móvel, a Cedae vai usar a experiência olímpica como um posto avançado de avaliação de qualidade da água para toda sua área de cobertura. De acordo com a concessionária, o sistema transferido para outros pontos depois das Olimpíadas. Os resultados do projeto, por outro lado, devem indicar as próximas ações da empresa nessa área.

Hoje, a concessionária atende 13 municípios na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o que significa a responsabilidade pelo fornecimento de água e tratamento de esgoto para cerca de 8,5 milhões de pessoas. O sistema de coleta e monitoramento atual envolve 800 pontos da área de cobertura, com metodologias de coleta tradicionais.

Durante os jogos olímpicos, a Cedae também vai manter sete equipes móveis ativas, formadas por 25 profissionais divididos em três vans. Cada veículo terá infraestrutura para teste da qualidade da água in loco e deverá ser deslocado para os pontos estratégicos da cidade.

Embora sejam enviados para a central de controle da Cedae, os dados coletados nas futuras sete estações de monitoramento também poderão ser remetidos para qualquer dispositivo móvel como smartphone ou tablet. Outra opção é baixar os dados diretamente dos sensores, usando um pendrive para armazenar os relatórios.