Cinco erros comuns no processo de transformação digital das empresas

Por Alexandre Paoleschi – 07.06.2018 – 

Que é necessário digitalizar os documentos para continuar sobrevivendo no mercado todo mundo já sabe. Mas a sua empresa está preparada para a transformação digital?

O processo não é tão simples como parece. Embora ainda existam aqueles que nem começaram a se preocupar com isso (e estão correndo o risco de serem devorados pela tecnologia), temos também os que estão tentando se aventurar na transformação digital de forma não-estruturada, o que pode aumentar a chance de erros e as perdas financeiras.

Segundo o estudo IDC FutureScape: Worldwide Digital Transformation 2018 Predictions, os investimentos diretos em transformação digital vão somar US$ 6,3 trilhões para o triênio 2018–2020. Ainda assim, a consultoria alerta que 59% das empresas globais ainda estão no que ela chama “impasse digital” e permanecem enroscadas nos estágios dois ou três do índice de maturidade digital.

Abaixo listei os erros mais comuns que vejo acontecer nas empresas no processo de transformação digital:

1 – Área de TI trabalhar isoladamente dentro da companhia: Não é de hoje que ouvimos que a TI precisar estar mais próxima do negócio. A necessidade de reinventar-se digitalmente pela qual passam as empresas faz com que o CIO necessite de novas soluções de monitoramento para não perder a visão do panorama geral de TI. A área de TI deve conversar de igual para igual com as demais áreas.

2 – Processos controlados manualmente: Quando os processos não são controlados de forma automática, ocorrem as falhas humanas e isso confunde o gestor, que continua sem saber as causas dos incidentes e não consegue tomar as decisões acertadas.

3 – Contratos “sem metas” com fornecedores: Um dos erros mais comuns é manter contratos fixos e sem SLA (Service Level Agreement) com os parceiros de negócios. Para que atue em função do negócio, é fundamental que a empresa classifique os incidentes adequadamente e contrate, avalie e pague parceiros e fornecedores com base no esforço operacional e no resultado de suas entregas. Afinal, tão importante quanto ter metas é conseguir controlar e mensurar os resultados.

4 – Manter um serviço parcial de monitoramento de dados: Seja a operação gerida pela equipe interna ou um parceiro tecnológico é essencial ter um serviço de monitoramento de dados imparcial, que possibilite coletar os dados de maneira transparente. Toda a equipe deve ser conscientizada disso para que o gestor tenha condições de melhorar a operação.

5 – Não acompanhar as rotinas em tempo integral: Manter uma política bem estabelecida de gestão de backup é mandatório para o sucesso da transformação digital. Portanto, é preciso fazer o acompanhamento das rotinas no esquema 24×7 para que seja possível identificar qualquer alteração no ambiente que possa interferir no backup. O acompanhamento de rotinas é uma prática que deve fazer parte de toda a operação de TI, controlando indicadores e analisando as causas de possíveis falhas.

Para se ter uma ideia, 80% das políticas de gestão de backup possuem falhas que não são de conhecimentos dos gestores de TI e 50% dos backups existentes não atendem uma situação de desastre. Preocupante, não?

Portanto, tenha em mente que a gestão de dados inteligente aliada a uma boa política de gestão de backup é fundamental para transformar a área de TI em uma cadeira muito mais estratégica que operacional e permitir a digitalização da sua empresa de forma segura e eficiente.

*Alexandre Paoleschi é CEO da Konics.it, empresa especializada em monitoramento inteligente de dados e gestão de backup.