Com financiamento do Japão, BRT avança em Belém

Da redação – 17.11.2016 –

Projeto custará R$ 530 milhões e faz parte de um programa maior, cujos investimentos somam mais de R$ 1 bilhão.

A Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), parceira técnica e financiadora do projeto de BRT Metropolitano, está por trás do empreendimento que deve melhorar o transporte público na capital paraense. O empreendimento está sendo coordenado pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM) e vai custar pouco mais de meio bilhão de reais. Na semana passada, o projeto avançou com a cessão de um trecho da BR-316 ao poder estadual para que a criação do corredor que faz parte do sistema de ônibus rápido.

Além do BRT Metropolitano, o governo paraense tem outros projetos no escopo de mobilidade urbana, incluindo o da avenida Independência (orçada em R$120 milhões), já concluída; a duplicação da avenida Perimetral (R$ 77 milhões), cuja primeira fase já foi executada e entregue e a segunda está em andamento e o prolongamento da avenida João Paulo II (R$ 300 milhões) que está em andamento com previsão de entrega para o segundo semestre de 2017. Junto com o BRT Metropolitano, as obras complementares representam um investimento de mais de R$ 1 bilhão.

“Esse é o maior programa de mobilidade urbana já executado até hoje, não só pela complexidade das obras, mas também pelo montante muito expressivo”, afirmou Cesar Meira, diretor geral do NGTM na semana passada. A cessão da BR-316, segundo o órgão, transforma a rodovia numa grande avenida de Belém, mas não haverá cobrança de pedágio. A próxima etapa para a implementação do BRT Metropolitano inclui abertura de licitação, que deverá ser feita nos próximos meses, cumprimento de prazos legais e início das obras, previstas para meados de 2017. A entrega deverá ser feita até o final do ano de 2018.

O trecho cedido tem 16 quilômetros, com duas pistas, uma em cada sentido e quatro faixas em cada uma delas (uma exclusiva para o BRT), além de nova iluminação de LED, drenagem e pavimentação, calçadas arborizadas e ciclovias nas duas extremidades. Cerca de 13 passarelas para travessia de pedestres devem ser implantadas. O governo estadual ficara responsável pela manutenção da via e, o governo federal, pela fiscalização.

O projeto de implantação do BRT Metropolitano teve origem em 2012. No fim de 2013, o NGTM deu início ao processo licitatório internacional para a elaboração do projeto executivo e execução do gerenciamento da obra do BRT Metropolitano e, em fevereiro de 2014, foi assinado o contrato com o Consórcio Troncal, vencedor do certame. O consórcio é constituído por quatro empresas, duas brasileiras e duas japonesas. O projeto executivo já foi concluído e a execução, como dito acima, está prevista num prazo de 20 meses.