Com o último presidente da família, Passarelli quer crescer 20% em 2019

Rodrigo Conceição Santos – 11.03.2019 –

“Toda empresa é familiar, pois nasceu em alguém de alguma família”. “Mas nem toda continua tendo um membro da família na direção”. As primeiras aspas são de Paulo Bittar, diretor presidente da Passarelli. As segundas são da reportagem. O diálogo, afável, sucedeu a explicação de que Bittar será o último membro da família a ocupar o principal cargo da companhia e tem como meta ampliar o faturamento de cerca de R$ 350 milhões para R$ 420 mi (20%) já no primeiro ano de gestão.

De acordo com ele, há 8 anos que a direção da empresa trabalha num plano de profissionalização, que encerra com o último “mandato” de um membro da família na gestão de 2019.

Paulo Bittar é engenheiro civil e tem postura executiva, adquirida também na trajetória até diretor comercial da Passarelli, cargo que ocupou antes de assumir a presidência. Ele acredita no espaço deixado pelas grandes empreiteiras para continuar crescendo no mercado de infraestrutura. Aposta também que a diversificação é a garantia para a estabilidade da construtora nos próximos tempos. “Retomamos parte do nosso DNA, também ancorado no mercado imobiliário. Além disso, há 10 anos que tomamos a decisão de equilibrar as atuações em obras públicas e privadas e alcançamos essa divisão exata no ano passado”, diz ele.

Atualmente, revela, a Passarelli tem cerca de 15% dos seus negócios em obras imobiliárias e 35% em outros negócios privados. O restante fica por conta dos grandes contratos de infraestrutura, sejam eles inteiramente governamentais ou sob concessões.