Com revestimento em basculantes, Serveng reduz 16% o valor da hora trabalhada

Da Canaris Informação Qualificada – 29.12.2016 –

Com suporte da Metso, a mineradora aumenta a disponibilidade de seus caminhões nas unidades do grupo e reduz custos de manutenção, com menos reparos de suspensões e embuchamentos. Solução reduz em 30% o barulho ouvido na cabine dos motoristas.

metso-truck-box-lining-service-mexico-1-1-800x533A Serveng Mineração conta com sete unidades que produzem 3,5 milhões de toneladas anuais de agregados para construção e materiais usinados de asfalto e concreto. A empresa faz parte do Grupo Serveng, um dos mais tradicionais grupos do setor de infraestrutura e construção civil brasileiro, também atuante nos segmentos de transportes e energia. Assim como em outras companhias, a Serveng Mineração enfrenta o desafio de manter sua frota de caminhões o mais operacional possível e, como lida com material abrasivo, o desgaste das caçambas é um ponto de atenção da companhia.

Para proteger a caçamba de seus caminhões contra o desgaste por abrasão – e ampliar seu tempo de uso – a Serveng Mineração adotava revestimentos de placas de aço, soldados às básculas. Em 2014 e por intermédio da Metso, a companhia resolveu testar a alternativa de proteção usando borracha. Esse conceito de proteção de básculas já se mostrou comprovadamente mais vantajoso em veículos fora de estrada com capacidade acima de 100 toneladas.

Diferentemente das placas de aço, a borracha aplicada nas básculas tem funções que vão além da proteção da caçamba. Como agem na redução do impacto e, consequentemente na redução de vibrações proveniente dos esforços, elas fazem com que a estrutura dos veículos seja menos exigida. E, com isso, reduzem torções e o aparecimento de trincas.

No caso da frota da Serveng Mineração, a borracha seria testada para uso como proteção de básculas de caminhões com capacidades entre 25 toneladas e 50 toneladas, utilizados no transporte de agregados minerais. Tal proteção acontece não só pela minimização do impacto das rochas nas caçambas, mas principalmente pela redução do desgaste por abrasão ocasionado pelas etapas de carregamento e descarregamento.

Como a Serveng Mineração tem um longo histórico de uso de placas metálicas para proteção das básculas, a empresa pôde comparar as duas metodologias. Apesar de um custo inicial de implementação maior, os revestimentos de borracha provam ser técnica e financeiramente superiores.

Do ponto de vista econômico, a garantia de vida útil das placas metálicas é de 3 mil horas de operação, contra as 7 mil horas oferecidas pela Metso. Em função disso, o valor final por hora trabalhada é 16% menor no caso dos revestimentos de borracha em relação às placas metálicas. “Essa avaliação foi feita considerando as sete mil horas de vida útil, mas já ultrapassamos esse nível. A experiência da Metso mostra que a operação pode atingir 10 mil horas trabalhadas”, explica Reubert Oliveira, especialista de suporte a produto da área de Lining da Metso Brasil.

Além da economia direta – verificada na comparação do tempo de vida útil dos revestimentos – o uso da borracha reduz o nível de reparos em suspensões e embuchamentos. Com isso, os caminhões apresentam uma redução em manutenção e uma maior disponibilidade física. Além dos ganhos financeiros, outro fator importante é a redução 10 decibéis de ruído na cabine do operador. Traduzindo para ouvidos humanos, isso significa 30% a menos de barulho, melhorando o conforto do motorista.

Operacionalmente, a substituição das placas de borracha é feita rapidamente. A fixação das placas é realizada com um sistema de solda especial, no qual não é necessário executar furos na báscula: a retirada das placas é realizada com aperto e desaperto de porcas normais. Nas caçambas com revestimentos metálicos, as placas de aço são soldadas às caçambas, o que torna a operação de substituição de placas um problema adicional.